quarta-feira, 25 de abril de 2018

Os Bombardeios dos EUA e seus aliados contra a Síria foram legais?

A justificativa dos ataques aéreos contra a Síria dada pelo EUA em conjunto com o Reino Unido e a França foi de que é preciso continuar a proibição internacional do uso de armas químicas, o objetivo, através do que dizem, gira em torno da ideia de que é para atingir o arsenal de armas químicas de Bashar Al-Assad e impedir novos ataques aos civis da Síria.

Prédio em que, segundo EUA e aliados,
haveria fabricação de armamentos químicos, aos arredores de Damasco.
Legalmente, a Carta das Nações Unidas (documento criado pela ONU em 1945), dá permissão às nações o uso de força como autodefesa das populações ameaçadas de extermínio pelo próprio governo. O uso para propósitos mais amplos em busca da segurança internacional, em tese, também é permitido. Tal ação está sujeita à aprovação pelo Conselho de Segurança da ONU.

Os três países que acabam de realizar novos ataques à Síria usam como argumentação o fato de que não havia perspectiva de obter, no Conselho de Segurança, algum tipo de retaliação ao uso de armas químicas na Síria. Assim, com os bombardeios, estes Estados argumentam terem cumprido sua função pela manutenção da ordem mundial, defendendo a credibilidade geral da proibição e forçando o compromisso da Síria em particular.

Bombardeios segundos antes do contato com o solo.
Esse argumento, de alguma forma, lembra as justificativas para a invasão do Iraque em 2003 - os americanos defenderam a aplicação das imposições à Bagdá firmadas pelo Conselho de Segurança em relação ao desarmamento.

Portanto, não há provas concretas de que Bagdá estivesse preparando um ataque do tipo, então o argumento foi deixado de lado. Da mesma forma, não há evidências de que a Síria estivesse preparando um ataque químico contra os EUA, Reino Unido ou a França.


Entenda a guerra na Síria

A Síria é governada há 47 anos pela família al-Assad, tendo início em 1971 com Hafez al-Assad que se manteve no poder por trinta anos (até sua morte, em 2000) e segue até os dias atuais com seu filho e sucessor Bashar al-Assad.
O regime ditatorial é imposto à população desde o início, com marcas de repressão e total subordinação dos civis ao governo através de imposições militaristas. Portanto, o conflito entre civis e governo já se instala desde que a família al-Assad conquistou o poder e impôs suas políticas ditatoriais.
Para entendermos melhor o quadro, é necessário fazer uma análise histórica sobre a política governamental do país. Então aqui vamos nós!

História
Primavera  Árabe
Em 2011, os conflitos tomaram ainda mais proporção sendo caracterizados por manifestações e protestos onde a população tomou as ruas na tentativa de derrubar o governo  reivindicar melhores condições de vida.  Tratou-se, portanto, da derrubada de governos repressores em diversos países como, por exemplo: Tunísia, Egito e Líbia.
Com isso, os outros países do Oriente Médio  começaram a revoltar-se e lutar para reivindicar melhores condições e democracia. O governo, nada contente com as manifestações, tentou abafar o poder popular com represálias de caráter agressivo, o que instalou o caos público e denominou os protestantes como “Rebeldes”.
A mídia, por sua vez, também exerce papel fundamental  em todo o contexto. Isto porque,  transmite a informação de acordo com as impressões governamentais. A expressão “Rebeldes”, portanto, legitima o governo de al-Assad como ditatorial de maneira perjorativa.
Outra análise importante é que a família al-Assad identifica-se religiosamente como xiita, enquanto a maior parte da Síria se denomina como sunita. Portanto, há uma divergência de caráter religioso.

A Guerra
Teve início em 2011 com a luta do governo de Bashar al-Assad contra os rebeldes a partir de suas manifestações populares e se estende até os dias atuais.  Desde então, estima-se que mais de 500 mil pessoas tenham morrido em decorrência da guerra e mais de 5 milhões de refugiados. Isso caracteriza a segunda maior imigração de pessoas desde a Segunda Guerra Mundial,  representando uma crise global de refugiados.
Em termos de geopolítica, podemos dividir em dois polos. O primeiro é o apoio russo ao governo de al-Assad, assim como parte da população que o apoia. O  segundo é a oposição dos Estados Unidos e a parte da população que opõe ao regime.
O interesse Russo determina-se por conta de uma base militar instalada em território sírio que foi construída durante a regência de Hafez al-Assad. Além disso, Hafez também  posicionou-se como aliado da União Soviética durante a Guerra Fria.
A população não é a única oposição, há também outros grupos que mantém interesse na queda do governo para que possa tomar o território. Um dos principais grupos é o famoso Estado Islâmico que deseja ter seu território próprio. Sendo assim, se houvesse a tomada de poder por meio do povo, algum grupo extremista poderia ocupar o território.
Portanto, não há uma solução rápida para os problemas que inferem da guerra e a situação só se agrava, interrompendo cada vez mais vidas inocentes. A população sofre drasticamente com os conflitos e não há condições básicas de vida, muitos não tem acesso nem sequer a água potável e estima-se que seriam necessários bilhões de dólares para prover ajuda humanitária à população.

segunda-feira, 23 de abril de 2018

MINISSÉRIE : “Um dia já fui adolescente “ – FRIENDZONE

A Xepa voltou!!! Dando continuidade a mini-série de posts, dessa vez com a temática “Friendzone”, novamente trazendo relatos dos mais variados públicos sobre suas façanhas de
adolescente.


O termo apesar de famoso entre os adolescentes, já existia bem antes de receber uma
designação, diria até que surgiu junto às primeiras relações de amizade. Trata-se, portanto, de
uma amizade onde alguma das partes desenvolve interesse mas não é correspondido, sendo
assim, a zona de amizade está formada.

Em alguns casos, a “paixonite” é correspondida mas, por algum fator não chega a ser
declarada e caracteriza uma relação de mútuo interesse porém, sem progressões além de
amizade.

Afinal, quem nunca passou pela famosa “FriendZone”? Com experiências boas ou ruins, é
parte fundamental para marcar a fase da adolescência. Pensando nisso, trouxemos
histórias/relatos que expressam suas experiências vividas.

“Sempre que começava a ter sentimentos além de amizade,
me aproximava e demonstrava
interesse. Porém, nunca encontrava o momento certo para falar o que sentia e acabei ficando
no 0x0.”
-Anônimo.

“Tinha um melhor amigo na época do colegial, éramos inseparáveis e eu era apaixonada por
ele. Mantive o segredo por vários anos por achar que o sentimento não era recíproco. Depois de algum tempo afastados, passados muitos anos, finalmente descobri que ele também sentia o mesmo. Começamos um relacionamento mas não durou, acho que nos acostumamos a ficar na friendzone.”
-Anônimo.

O dilema de toda essa questão é “O que fazer para sair da friendzone???”
De todas as formas, a situação é complicada. De fato, não existe uma receita para sair e,
menos ainda, para que a tentativa seja bem sucedida. Nada melhor do que as próprias
experiências vividas para nos mostrar o caminho. Portanto, não mais conclusivo do que o
senso comum que de nada nos vale como garantia, mas aqui vão algumas dicas de como lidar
com a situação:

1. Admita que está na friendzone:
Esse é o primeiro passo para que se possa progredir e tentar sair da zona de amizade.
2. Não esteja sempre à disposição:
Coloque-se sempre em primeiro lugar, não se deixe em segundo plano para atender às
necessidades de outra pessoa.
3. Tenha sua própria vida e autoconfiança:
Não deixe que sua confiança dependa do desenvolvimento dessa relação.
4. O melhor caminho sempre é manter a sinceridade e não se desesperar.
Esclarecer as intenções é, quase sempre, meio caminho até que se tenha uma resposta
conclusiva;
5. Tenha ousadia:
Lembre-se que essa é a fase de tentativas e erros. Tudo se resume em aprendizado e
boas histórias para relembrar.
6. Regra Primordial:
Procure também não insistir caso não haja reciprocidade no interesse.

Lembre-se sempre: Não, é não.