segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Viajando e economizando

  Para aqueles que gostam de viajar, a Xepa realizou uma entrevista com a professora de inglês Rejane Brito do IFSP - Campus Salto para saber mais sobre suas dicas de viagem e de como economizar na hora de fazer as malas. Afinal, viajar bem todo mundo quer e se for possível economizar melhor ainda! 



XEPA: Olá professora Rejane! Quais são suas recomendações para a compra de passagens aéreas? 

REJANE: Para comprar passagem, você pode pesquisar no Decolar e em outros sites que fazem essas compras de passagens ou você vai para os sites das empresas que você conhece para aquele país. Mas eu dou uma dica: abra uma outra janela na internet, mas anônima, porque muitas das companhias aéreas aumentam o preço da passagem de acordo com o número de procura, e com uma aba anônima eles não tem esse recurso e então você consegue segurar o preço.  Se você for fazer uma pesquisa e depois precisar pesquisar de novo, abra sempre uma janela anônima para fazer suas pesquisas.

XEPA: E para hotéis?

REJANE: Hotel é o seguinte: cada país tem uma referência do que é um bom hotel para eles. Por exemplo, o brasileiro prefere banheiro privativo. Eu não gosto de hotel em que o banheiro é comunitário, mas em alguns países da Europa não é algo que eles façam questão de ter, eles aceitam o banheiro comunitário. Porém cada país tem culturalmente o que eles entendem por hotel. Então preste sempre atenção no que você quer no país. Os B&Bs (Bed and Breakfast) na Europa geralmente são de boa qualidade e usando sites como o Booking e o Trip Advisor você tem tanto fotos tiradas por quem esteve naquele hotel como você tem comentários. Prefira os hotéis que tem uma avaliação maior que 7, são os melhores hotéis. E nesses sites geralmente você ganha descontos muito consideráveis que podem chegar em até 70% e é o tipo de site que só se paga quando chega no destino.

XEPA: E como isso de pagar quando chega funciona?

REJANE: Você deixa seus dados do cartão. Faz anos que eu viajo pelo Booking e nunca fui descontada antes. É descontado apenas no momento do Check-out o preço que foi combinado no momento da compra pelo site. Além disso há outras oportunidades, por exemplo: o Ibis que é um bom hotel, um hotel mais barato, possui um clube chamado Le Club. Você não paga nada para entrar e pode ganhar descontos e diárias na medida em que se hospeda no Ibis. O mínimo de desconto que você ganha na diária é de 10%. Nesse programa não é necessário pagar a reserva, você paga no momento do Check-in no hotel. 

XEPA: Esse clube vale para qualquer Ibis?

REJANE: Isso! Chama Le Club e vale para todos os hotéis da rede Accor, não é só o Ibis. Tem os hotéis Mercure também. No Brasil pouca gente conhece um programa que se chama diária cultural. Ele funciona da seguinte maneira: se o hóspede comprovar que está indo a uma atividade cultural, ele ganha desconto na diária.

XEPA: Quais são suas recomendações para transporte? 

REJANE: Para transporte, você pode pesquisar as tarifas de táxi na internet para ver se compensa usar o táxi ou alugar um carro, mesmo aqui no Brasil. Agora, o negócio é você conhecer se as cidades possuem um transporte público seguro. Por exemplo, eu já sai de aeroporto internacional e fui para o hotel de metrô e depois andei a pé a noite sem problemas. Mas o país me dava uma segurança. Aqui também eu já andei a noite em cidades em que me senti segura em fazer isso. Vai de situação para situação, e pesquise o transporte primeiro. Olhe se tem metrô, porque em alguns países da Europa eu não usei táxi e apenas metrô e ônibus. Veja o que vai ficar mais barato. Em alguns países dá para usar embarcação. Por exemplo: dá para atravessar da Croácia para Itália de barco, bonito (risos) e você paga 15 euros, que seria em torno de R$ 50,00 e é diferente do que a gente tem costume. E no Brasil tem como ir de Minas Gerais (Mariana) para o Espírito Santo (Vitória) de trem e ver paisagens magníficas. Vai passar por parte do mar, por aqueles penhascos, montanhas e não é caro. É mais barato do que ir de avião ou de ônibus. Ou seja, tem que pesquisar. Turista que não pesquisa, não viaja barato. 

XEPA: Tem algum lugar que você recomenda que seja bom e barato?

REJANE: É difícil, porque se você pesquisar, muita coisa vai ficar mais barata do que você imagina. Assim, o que eu penso: vá para um lugar que você tenha muita vontade de conhecer, se programe, faça todos os agendamentos com antecedência para saber qual a margem de preço que vai gastar e calcule pelo menos quanto você come no Brasil diariamente para você calcular seu gasto por dia. Eu entrava em sites de supermercado e em sites de restaurantes para saber o valor das refeições e para fazer os meus cálculos com antecedência de quanto iria gastar por dia. Já olhei até museu, teatro e musicais para saber quanto eu iria gastar de ingresso. Então eu já fui com um dinheiro, e sobrou viu! (risos).

XEPA: E comida?

REJANE: Supermercado é muito bom, quase todo supermercado tem uma cantina, feiras e mercados de pulgas. Você consegue muita coisa barata para comer e de boa qualidade!

XEPA: Considerações finais?

REJANE: Carteirinha de estudante, é importante levar. Às vezes precisa ser a internacional, mas eu já viajei muito com a carteirinha normal e vale para muitos países.

XEPA: Obrigado pela atenção professora!
  
  Assim como visto nas dicas da professora Rejane, com simples pesquisas e com algumas ações conseguimos economizar na hora de programar e durante uma viagem. É sempre importante o conhecimento prévio do local que queira viajar, pela internet mesmo, para fixarmos uma ideia de como são as coisas nesse determinado lugar, principalmente no quesito preços. A opinião de quem já foi também vale muito, podendo nos dar dicas e avisos sobre o local em questão.
  
  Bom, agora que você já recebeu alguns macetes de quem já está acostumado em viajar, arrume suas malas e embarque nessas dicas fundamentais para o melhor aproveitamento de seu passeio. Boa viagem!                                                                        

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

A luta política dos jovens de Ayotzinapa!


No dia 23 de setembro aproximadamente 80 estudantes da Escola Normal (magistério) de Ayotzinapa foram atacados por policiais armados após um dia de arrecadação de fundos para uma viagem até a Cidade do México, onde participariam das manifestações de 2 de outubro.
No mesmo dia os estudantes protestaram contra uma política discriminatória de contratação de professores que, segundo eles, privilegia professores da área urbana, apesar da escola pertencer a uma área rural. Porém, no momento de regresso à escola, foram impedidos por policiais que abriram fogo contra os alunos que estavam completamente desarmados.
Alguns até tentaram descer do ônibus para dialogar, mas foram baleados. O tiroteio durou cerca de 30 minutos e 43 alunos que estavam em um terceiro ônibus foram levados em camburões pela polícia. Não se tem notícias dos estudantes desde o dia do massacre.
Pouquíssimo tempo depois os estudantes organizaram convocações e preparam uma coletiva de imprensa para denunciar o massacre, mas foram novamente atacados. Eles e qualquer um que se parecesse com eles.


Passados 30 dias após o ocorrido que teve como resultado seis mortos, 20 feridos e 43 desaparecidos, nada de mais foi feito. O prefeito foragido de Iguala é suspeito de ter comandado a ação policial e de agir em conjunto com o narcotráfico. Dezessete policiais foram presos, mas manifestantes pelo México desejam muito mais do que isso. Eles querem primeiro a liberação dos 43 estudantes ainda com vida (o que é incerto ainda).

Os alunos da Escola Normal Rural Raúl Isidro Burgos de Ayotzinapa, um abrigo socialista situada na zona rural de Iguala no México,  recebem aulas de plantio e cultivo agrícolas, além de instruções políticas. Os estudantes leem livros de autores como Karl Marx e Engels e realizam discussões em grupo. O aluno Diego Genaro Mesa sonha ser como Che Guevara.
Esta escola é conhecida por gerar guerrilheiros e revolucionários, pois ensina os alunos a terem um olhar crítico ao modelo econômico do México e a protestar pela falta de oportunidades dos camponeses, indígenas e comunidades pobres no país.

















Resta saber se a luta dos jovens militantes políticos trará bons resultados e se o apelo dos manifestantes por todo o México será ouvido.

Fontes: