quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

A luta política dos jovens de Ayotzinapa!


No dia 23 de setembro aproximadamente 80 estudantes da Escola Normal (magistério) de Ayotzinapa foram atacados por policiais armados após um dia de arrecadação de fundos para uma viagem até a Cidade do México, onde participariam das manifestações de 2 de outubro.
No mesmo dia os estudantes protestaram contra uma política discriminatória de contratação de professores que, segundo eles, privilegia professores da área urbana, apesar da escola pertencer a uma área rural. Porém, no momento de regresso à escola, foram impedidos por policiais que abriram fogo contra os alunos que estavam completamente desarmados.
Alguns até tentaram descer do ônibus para dialogar, mas foram baleados. O tiroteio durou cerca de 30 minutos e 43 alunos que estavam em um terceiro ônibus foram levados em camburões pela polícia. Não se tem notícias dos estudantes desde o dia do massacre.
Pouquíssimo tempo depois os estudantes organizaram convocações e preparam uma coletiva de imprensa para denunciar o massacre, mas foram novamente atacados. Eles e qualquer um que se parecesse com eles.


Passados 30 dias após o ocorrido que teve como resultado seis mortos, 20 feridos e 43 desaparecidos, nada de mais foi feito. O prefeito foragido de Iguala é suspeito de ter comandado a ação policial e de agir em conjunto com o narcotráfico. Dezessete policiais foram presos, mas manifestantes pelo México desejam muito mais do que isso. Eles querem primeiro a liberação dos 43 estudantes ainda com vida (o que é incerto ainda).

Os alunos da Escola Normal Rural Raúl Isidro Burgos de Ayotzinapa, um abrigo socialista situada na zona rural de Iguala no México,  recebem aulas de plantio e cultivo agrícolas, além de instruções políticas. Os estudantes leem livros de autores como Karl Marx e Engels e realizam discussões em grupo. O aluno Diego Genaro Mesa sonha ser como Che Guevara.
Esta escola é conhecida por gerar guerrilheiros e revolucionários, pois ensina os alunos a terem um olhar crítico ao modelo econômico do México e a protestar pela falta de oportunidades dos camponeses, indígenas e comunidades pobres no país.

















Resta saber se a luta dos jovens militantes políticos trará bons resultados e se o apelo dos manifestantes por todo o México será ouvido.

Fontes:

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