domingo, 19 de maio de 2019

Minissérie Desemprego: Escolaridade




     Que o mercado de trabalho brasileiro está vivendo um momento difícil, não é novidade pra ninguém. Mas, a situação é ainda pior para aqueles com o ensino médio incompleto. É a faixa onde se encontra a maior taxa de desemprego, relativo à escolaridade, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua Trimestral, do IBGE. Representam 7,2% dos trabalhadores empregados, porém são 12% da população desempregada. No primeiro trimestre de 2018, a taxa de desemprego daqueles que possuem o ensino médio incompleto foi de 22%, enquanto a média era 13,1%.
     É observado também, que o desemprego é maior e os salários são piores do que os daqueles com ensino fundamental completo. Também pode ser observado que nessa faixa de escolaridade, os jovens possuem mais dificuldade para se manter em um emprego ou mesmo encontrar um. Esses dados refletem problemas sociais, como a evasão escolar e a desistência dos estudos e a desigualdade.


     Os desalentados brasileiros (aqueles com idade para trabalhar, mas perderam as esperanças de encontrar uma vaga), são, a sua maior parte, mulheres, predominantemente nordestinas, jovens e com pouca escolaridade. A seção de Mercado de Trabalho da Carta de Conjuntura do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), aponta que metade dos desalentados possuem apenas o ensino fundamental incompleto, sendo 25% dos sem esperanças para encontrar emprego, jovens entre 18 e 24 anos. E 60% do total nacional dos desalentados se encontram na região Nordeste.



     No mundo em que nos encontramos, ser escolarizado é fundamental. Saber matemática básica, língua portuguesa e gramática para poder escrever corretamente, pontos importantes da nossa história e diversos outros tópicos importantes, são requisitos mínimos para aumentar as chances de ser empregado. Mediante isso, existem pessoas que procuram cursinhos para terminar os estudos, ou buscam iniciativas como o EJA, que fornece aulas para aqueles que não terminaram os estudos e desejam fazê-lo. No mundo atual, é uma das poucas chances de conseguir a vaga tão esperada para trabalhar.

Referências:


COSTA, Fernando Nogueira. Taxa de Desemprego por Escolaridade. Blog Cidadania & Cultura, 29 ago. 2018. Disponível em: https://fernandonogueiracosta.wordpress.com/2018/08/29/taxa-de-desemprego-por-escolaridade/. Acesso em: 18 maio 2019.

MULHERES jovens de baixa escolaridade são as que mais desistem de procurar emprego. Ipea, 20 set. 2018. Disponível em: http://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=34242&catid=3&Itemid=3. Acesso em: 18 maio 2019.



Nenhum comentário:

Postar um comentário