sábado, 4 de maio de 2019

Minissérie: Desemprego no Brasil

Desemprego entre transgêneros

      Como todos sabemos, o Brasil se encontra num momento delicado em relação ao desemprego. São diversas as dificuldades e tentativas de conseguir um trabalho para poder se sustentar. Mas, se a situação já está complicada em meios as pessoas “aceitas pela sociedade”, o que dirá sobre as pessoas que não se encaixam nesse grupo? Esse é o caso dos transgêneros, pessoas com a identidade de gênero diferente do seu sexo de nascimento. Um grupo social que não é aceito na sociedade, seja nas escolas, seja no mercado de trabalho, seja nas ruas, e uma prova disso é a taxa de assassinatos de pessoas transgêneros aqui no Brasil. De acordo com pesquisas da ONG TransRespect, entre 2008 e 2016, foram 900 transgêneros assassinados no Brasil.




     A expectativa de vida de um brasileiro é de aproximadamente 75 anos, enquanto a expectativa de vida de uma pessoa transgênero é de 35 anos, segundo a Antra (Associação Nacional de Travestis e Transexuais). Nosso país é considerado o pior lugar do mundo para transgêneros viverem, já que somos, disparado, o país que mais mata pessoas trans no mundo, já o México, que está em segundo lugar no ranking, não chega a um terço dos assassinatos ocorridos aqui no Brasil. 




   Pesquisas apontam que 70% das pessoas transgênero não completam o ensino médio, e o resultado disso acaba se refletindo na hora de conseguir um emprego. Geralmente, transgêneros só tem duas opções: prostituição ou trabalhar na área da beleza. Mas na maioria dos casos, é a primeira opção que vence, e dados apontam que 90% dos transgêneros acabam recorrendo para a prostituição.




     Existem ainda sites como o Transempregos e Transerviços, que são sites onde pessoas transgênero podem encontrar empresas dispostas a contratá-las. Mas tudo isso é pouco. Devemos lutar por um Brasil mais justo e igualitário, onde toda e qualquer pessoa possa andar livremente e não se preocupar em ser atacada ou humilhada. Onde haja o respeito acima de tudo, independente de identidade de gênero, orientação sexual, cor, etnia, condição física e tantas outras peculiaridades.









Aqui estão links de dois vídeos que falam sobre esse tema e alguns relatos de transgêneros que sofreram preconceito e transfobia no mercado de trabalho: 






Referências:

JESUS, Jaqueline. Pessoas trans também precisam de cotas. 23 nov. 2016. Disponível em: https://azmina.com.br/colunas/pessoas-trans-tambem-precisam-de-cotas/. Acesso em: 17 abr. 2019.

DELCOLLI, Caio. Por que chegou a hora de falar sobre cotas para pessoas transgênero no Brasil. 2 abr. 2018. Disponível em: https://www.huffpostbrasil.com/2018/04/02/por-que-chegou-a-hora-de-falar-sobre-cotas-para-pessoas-transgenero-no-brasil_a_23401098/. Acesso em: 17 abr. 2019.

CASTRO, Gabriel de Arruda. Cotas para "trans" ganham espaço em universidades e ganham questionamentos. 17 mar. 2019. Disponível em: https://www.gazetadopovo.com.br/educacao/cotas-para-trans-ganham-espaco-em-universidades-e-geram-questionamentos/. Acesso em: 17 abr. 2019.

LOPES, Laiza. ‘Cotas para trans são importantes, mas não suficientes’, avalia professora da UFABC. 22 nov. 2018. Disponível em: https://www.agenciamural.org.br/cotas-para-trans-sao-importantes-mas-nao-suficientes-avalia-professora-da-ufabc/. Acesso em: 17 abr. 2019.

GOLDENBERG, Felipe. Transexuais encontram dificuldades para o acesso à educação e trabalho. 15 jan. 2018. Disponível em: https://www.ufrgs.br/humanista/2018/01/15/transexuais-encontram-dificuldades-para-o-acesso-a-educacao-e-trabalho/. Acesso em: 17 abr. 2019.

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