Os mitos começam na antiguidade como narrativas da relação da pessoa humana com o mundo externo. Eles provêm do inconsciente, restauram nossa conexão com o mundo antigo e devem ser interpretados simbolicamente.
Para Carl Gustav Jung, fundador da psicologia analítica e discípulo de Freud, o mito possui vários propósitos, nem todos psicológicos, mas sua principal função seria de revelar o inconsciente.
Diferentemente de Freud, Jung afirma a existência do inconsciente pessoal e também do inconsciente coletivo. A existência do inconsciente coletivo permite compreender a universalidade dos símbolos e dos mitos, pois que estes se evidenciam em todas as culturas e em diferentes épocas de modo semelhante.
Neste caso, os mitos seriam uma das manifestações dos arquétipos ou modelos que surgem do inconsciente coletivo da humanidade e que constituem a base da psique¹ humana. Os arquétipos são conjuntos de “imagens primordiais” originadas de uma repetição progressiva de uma mesma experiência durante muitas gerações armazenadas no inconsciente coletivo.
Assim, na busca de sentido dos arquétipos, podemos lembrar que eles surgem em narrativas míticas e culturais, originadas em épocas muito anteriores à nossa, mas que continuam a ecoar em nosso inconsciente, influindo continuamente em nossa forma de viver e também nas diversas áreas do saber.
¹ A psique carrega todos os pensamentos, sentimentos e comportamentos que podem ser conscientes e inconscientes. A psique pode ser um guia regulador da humanidade, com a função de adaptar o indivíduo à sociedade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário