terça-feira, 20 de agosto de 2024

De olho no ENEM: Revolução Constitucionalista de 1932

    No dia 9 de julho São Paulo comemora o feriado da Revolução Constitucionalista, que ocorreu em 1932. Muitas vezes esquecemos dessa data e, além de sua importância para o país, é um assunto cobrado nos vestibulares. Nesse texto, vamos falar dessa data histórica para você ficar por dentro das informações mais relevantes.

    Durante o período de 1894, o Brasil vivia a política do café com leite, caracterizada pela alternância de poder entre representantes de São Paulo e Minas Gerais. Até que em 1930, Getúlio Vargas assume o poder (inicialmente provisório), dando fim ao período oligárquico.


Contexto Histórico
    Devido a crise de 1929, a economia brasileira, baseada no café, estava sofrendo com prejuízos. Por isso, os paulistas ficaram preocupados e, ao invés de indicarem um mineiro ao poder, para seguir com a alternância, indicaram outro candidato de São Paulo, Júlio Prestes. Este, competiu e ganhou de Getúlio Vargas, o candidato lançado pela Aliança Liberal de Minas Gerais.
    Contudo, antes de Prestes assumir o governo, Washington Luiz foi destituído do poder, que foi entregue a Getúlio Vargas pelo levante militar. Inicialmente, o governo de Vargas era para ser provisório: ele deveria organizar a nação para uma próxima eleição e formar uma Assembleia Constituinte para elaborar uma nova Constituição, visto que a de 1891 fora suspensa.
    O presidente começou a tomar medidas mais autoritárias, enfraquecendo o Legislativo e fortalecendo o Executivo, por exemplo substituindo os governadores dos Estados por interventores que ele mesmo escolhia. Mas os paulistas ficaram insatisfeitos quando Vargas tornou de responsabilidade federal a administração do café, levando a revolução.

A Revolução de 1932
    Em 23 de maio de 1932, os policiais causaram a morte de quatro estudantes que lutavam pela convocação de eleições: Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo. A inicial dos nomes deles – M.M.D.C – tornou-se o símbolo do movimento.
 
    O presidente tentou amenizar a situação com o Código Eleitoral, porém, isso não impediu o início da revolta em 9 de julho, liderada por Pedro de Toledo. O movimento ganhou grande adesão devido as propagandas em cartazes, jornais e rádios, contando com um grande número de voluntários. Porém, o governo também investiu na Marinha e no Exército para conter os constitucionalistas. Ao todo, houveram mais de 930 mortes, por isso os paulistas se renderam em 2 de outubro do mesmo ano.
    Apesar de terem perdido o combate militar, conquistaram suas reivindicações políticas: São Paulo recebeu um interventor paulista e civil, em 1933 Getúlio Vargas foi eleito através de uma eleição indireta e foi promulgada uma nova Constituição, que ficou em vigor até 1937.

A importância da revolução
    Além de conseguir que uma nova Constituição fosse elaborada, a revolução mostrou o poder da cidadania e que é possível lutar por uma causa. A data também deixou legados físicos, como as Avenidas 23 de maio e 9 de julho em São Paulo, o monumento “Obelisco Mausoléu ao Soldado Constitucionalista de 32” no Parque Ibirapuera e os monumentos em todas as cidades do Vale do Paraíba onde houveram combates.
Obelisco de São Paulo

 Até a próxima semana!

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