Pensar em ter seus próprios sonhos gravados por alguma tecnologia parece uma utopia, né? Mas está cada dia mais próximo de se tornar uma realidade. O ser humano tem feito a tecnologia avançar rompendo com barreiras, limites e sem pensar o quanto pode ser desastroso.
Segundo o Jornal Time Entertainment, publicado dia 29 de setembro de 2024, pesquisadores japoneses desenvolveram um equipamento que pode revolucionar a história da humanidade, um gravador de sonhos, que permite gravar e posteriormente assistir, assim como um streaming. O dispositivo de gravação de sonhos funciona a partir de imagens obtidas através de ressonância magnética que registram as atividades neurais detalhadamente. Depois essas imagens codificadas são traduzidas por uma inteligência artificial (IA), que vem mostrando uma precisão de tradução de 60%, podendo chegar até 70% quando o sonho possui foco em pessoas, objetos, etc. Essa tecnologia ainda está em fase inicial, sendo testada em voluntários.
Paralelamente, a série da Netflix, "Black Mirror" retrata as manipulações da inteligência artificial na vida dos personagens e o quão negativo podem ser os impactos dessa relação. O mais interessante é que a maioria dos personagens vivenciam algo muito semelhante aos nossos cotidianos, nos mostrando que essas tecnologias consideradas “utópicas” estão próximas de serem vividas. Na temporada 1, episódio 3 “The Entire History for You” nos deparamos com a possibilidade de rever as próprias memórias sozinho ou compartilhado em uma TV, a partir de um chip chamado “grão” implantado no cérebro. Nesse sentido, o protagonista desconfia que sua esposa está o traindo, o que faz com ele fique obsessivo por detalhes das memórias gravadas, as quais ele reassiste a todo momento para tentar encontrar algum sinal da suposta traição. Além disso, quando o personagem desconfia das falas de sua esposa, ele a obriga a compartilhar as memórias na tv para rebate-las. Isso faz com que a relação do casal seja possessiva e agressiva. Também nos mostra que os nossos dados gravados não cabe só a nós, mas sim aos outros também, o que pode ser extremamente invasivo, assim como o sonhos que são codificadas. Será que seria positivo outras pessoas terem acesso aos nossos sonhos?
Afinal de contas, até que ponto o uso da tecnologia é ético? E o quanto estamos dispostos a permitir que ela controle parte ou toda a nossa vida? Como diz o ditado popular "há dois lados na moeda", o lado negativo, mas também há o lado positivo, visto que essa nova tecnologia proporcionará muitos avanços, principalmente na área da saúde, onde poderá agregar na psicologia, por exemplo, possibilitando uma análise mais profundo do paciente. O que você me diz sobre isso? Deixe nos comentários.
Até semana que vem!
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