terça-feira, 25 de junho de 2024

Por que repetimos filmes e livros?

Todo mundo tem um filme favorito, aquele que, independente de como você esteja se sentindo e do seu humor, tem vontade de assisti-lo. Filmes e livros que nos geram a sensação de relaxamento e que fazem com que sempre os repitamos, são conhecidos como “comfort books/movies”, em inglês, ou “livro/filme de conforto”.


    Com tantas novidades e informações que recebemos no cotidiano, praticar tal hábito pode ser como uma espécie de terapia. O ser humano relaciona suas experiências e busca conforto em músicas, lugares e conteúdos consumidos, o que explica a nostalgia, a segurança do que é conhecido, a certeza do que vai consumir e o desejo de visitar o universo da obra mais uma vez.

    Uma professora da Universidade do Arizona descobriu que os motivos que nos levam a consumir o mesmo livro, série ou filme diversas vezes estão relacionados ao fato de que o cérebro, já sabendo o desenrolar do conteúdo, busca a sensação de recompensa com a satisfação e o relaxamento, e também a uma análise que a pessoa pode fazer de si mesma, comparando o quanto sua vida mudou de quando ela assistiu seu filme favorito pela primeira vez até o momento atual. Há uma pesquisa que analisa quais são as sensações do indivíduo enquanto consome um conteúdo repetidas vezes. A conclusão de tal estudo foi que esse “reconsumo” ajuda a pessoa a interpretar e entender melhor, desenvolver mais atenção e se identificar com a trama dos personagens. 

    Ao assistir um desenho que você gostava muito quando era criança, você lembra como era sua rotina e seu jeito naquela época, causando uma sensação boa de nostalgia. Contudo, é preciso ficar atento se esse hábito e essa busca excessiva de conforto estão relacionados a uma fuga da realidade, a fim de evitar os conflitos e sofrimentos.

    Deixe nos comentários qual livro ou filme te proporciona essa sensação de conforto e que você não enjoa de repetir!

Até a próxima semana!
Gostou do conteúdo e acha que ele pode ajudar alguém? Compartilhe e deixe seu feedback, é muito importante para produzirmos mais matérias do interesse de vocês. Toda terça-feira te esperamos com novidades no blog!

Aproveitem para nos seguir no Instagram: @xepamexida.

terça-feira, 18 de junho de 2024

Pressão que a sociedade exerce nos jovens após o ensino médio

        E agora o que será da minha vida? Esse é um dos milhares de questionamentos que passam pela nossa cabeça, enquanto jovens. Não saber o que fazer após o ensino médio: tentar uma faculdade? Se sim, qual área? Trabalhar? Enfim, são perguntas que não acabam mais! Um verdadeiro espiral.

        A fase jovem é um grande mar de descobertas, decisões e um turbilhão de sentimentos. É difícil e se torna ainda mais quando somos pressionados por todos os lados, visto que esse momento é um momento de construção: entender o que esperamos de nós mesmos e o que o ambiente espera da gente. Na maioria, esses dois pontos são bem divergentes.

        Na minha percepção, um dos aspectos mais desafiadores é o último ano do ensino médio, fase essa que deixamos literalmente “o ser criança” e nos deparamos com a fase adulta. Os dezoito anos batendo na porta. A sociedade entende que esse ano é o ponto crucial para uma escolha que espelhará o resto das nossas vidas. Para aqueles que já sabem o que querem acaba sendo mais tranquilo, mas para os que não fazem ideia ou estão em dúvida, o bicho pega! E quando as pessoas ao redor já escolheram: “Ah eu quero medicina”, o outro “Quero relações internacionais”, “Ah não! Eu quero ser um grande advogado” e às vezes você só quer seguir a carreira artística, porém o ambiente mostra o quanto é difícil viver da arte e que infelizmente para alguns não é considerado profissão. Fatos como esse nos fazem “acordar” para uma questão:  além de escolher o que queremos, tem que ser uma escolha “pé no chão” e uma escolha que nos trará uma boa remuneração.  

     Outros questionamentos que enfrentamos, principalmente pelas pessoas mais experientes, como o tio do pavê, é “Cadê os (as) namoradinhos (as)?”. Esse tópico é contraditório, já que quando o jovem começa a namorar na fase da escola as pessoas ao redor dizem que é muito cedo e que não é o momento ideal. Quando termina a escola e está ali na faixa dos 18 ao 20 e não tem pretendentes ou simplesmente não quer relacionamento, começa uma certa pressão “oculta”, ou seja, os questionamentos nos encontros de família, por exemplo. O clássico é “Se você demorar muito tempo ficará para titia (io)”. 

        Por meio desses dois aspectos citados acima, é perceptível o quanto somos compelidos em todos os âmbitos da vida, o que nos faz sentir um elástico. O segredo para não viver nessa panela de pressão é viver o que você acredita, e não ir pelo o que os outros querem que você viva. Afinal todos estamos se descobrindo e redescobrindo, não somos seres inertes.   

A visão da ciência

        O psicanalista Erik Erikson, teórico do desenvolvimento, entende que o desenvolvimento psicossocial de uma pessoa se dá por etapas, caracterizadas por uma crise psicossocial entre o conflito de duas forças. Para ele, a adolescência é uma fase em que os jovens começam a projetar uma imagem da pessoa que querem se parecer no futuro, além do mais tentam encontrar seu papel na sociedade, propósitos e criam uma identidade única. Nesse sentido, a conclusão dessa fase é de suma importância, pois aqueles que concluem com sucesso terão uma base sólida, saudável e bem estruturada. Isso nos mostra a importância do apoio familiar e das instituições que frequentamos, pois o jovem que vive esse momento da vida de maneira conturbada, levará consequências e prejuízos para a vida adulta.

terça-feira, 11 de junho de 2024

Motivos para ler "1984"

  “O Grande Irmão está de olho em você” é o que acontece no livro “1984”, onde toda a rotina e os pensamentos da sociedade são controlados e monitorados. Essa obra fictícia e distópica, apesar de assustadora, pode narrar a realidade que vivemos. Mas, por que você deveria ler um livro que foi escrito há mais de 70 anos? Confira os motivos nesse post.


Personagens envolventes e curiosos

Um dos personagens mais famosos da obra é o Grande Irmão, mais conhecido como “Big Brother”, a figura do Estado que monitora o dia inteiro de todas as pessoas por meio das teletelas (camêras)... muito doido né? Porém, com a leitura, vamos percebendo que talvez o Grande Irmão dos dias atuais sejam nossos próprios celulares.

O protagonista, Winston Smith, se cansa de não ter vida própria e inicia um movimento contra o sistema de governo. Ele nos faz refletir quais seriam nossas próprias ações numa realidade como a dele, motivando os leitores a tomarem iniciativas que mudem suas vidas e a da sociedade. O personagem é o único que apresenta pensamento crítico e sentimentos, sendo que, durante a leitura, acompanhamos até mesmo ele se apaixonando!

Melhora seu pensamento como cidadão

Esse livro te auxilia a compreender melhor a política e a não ser “massa de manobra” do governo. O personagem principal, Winston Smith chega a conclusão de que “o crime de pensamento não acarreta a morte, ele é a morte”. Por meio da trama, é possível identificar o quanto somos influenciados a não pensar por nós mesmos e a seguir ideologias impostas pelo governo e por uma parcela da sociedade que já se deixou levar. Percebe-se isso no idioma criado pelo Estado do livro, a “Novilíngua”, que adapta e cria todas as palavras com significados ao seu favor, a fim de limitar o pensamento humano.

Um estudo sobre totalitarismo

Após ler o livro, você ficará mais atento aos seus direitos, principalmente, ao de liberdade. O livro te ajuda a compreender, com uma história envolvente e com questionamentos descomplicados, o que é um governo totalitário e o quanto ele é nocivo. 


Descreve a atualidade 

    Apesar de ter sido escrito em 1948, George Orwell conseguiu descrever muito bem a realidade dos dias atuais. Por exemplo, a questão da privacidade. Atualmente, estamos sendo vigiados pelas câmeras e pelas redes sociais, o algoritmo consegue identificar e rastrear tudo que fazemos pelo celular. Também percebemos o “duplipensar” – que transformava mentiras em uma verdade universal, como 2+2=5 – nas fake News, onde não importa o conteúdo, mas sim sua fonte.


Até a próxima semana!
Gostou do conteúdo e acha que ele pode ajudar alguém? Compartilhe e deixe seu feedback, é muito importante para produzirmos mais matérias do interesse de vocês. Toda terça-feira te esperamos com novidades no blog!

Aproveitem para nos seguir no Instagram: @xepamexida.



terça-feira, 4 de junho de 2024

"Mil Acasos": O amor da sua vida pode estar logo ali

 “Mil acasos apontam a direção

Desvio de rota é tão normal

Mil acasos me levam a você

No mundo concreto ou virtual

Me levam a você

De um jeito desigual, vai!” 

        Esse trecho da música "Mil Acasos" do Skank, nos leva a refletir sobre o amor, ou melhor, na pessoa amada. Agora vai um tópico sensível para os solteiros: esses pensamentos intensificam-se quando o dia dos namorados está chegando, pois há declarações e fotos de casais por todos os lados.


        Aposto que você já se pegou perguntando para si mesmo (a): “Onde encontrarei o amor da minha vida? ” Ou melhor “Quando? ”. São questionamentos que surgem ao acaso, pois todos têm o desejo de amar e de ser amado.

No decorrer da adolescência criamos inúmeras expectativas e idealizações de como será o cônjuge e onde o encontraremos, na escola, na igreja, no parque, etc. Para falar a verdade não existe lugar e nem hora, quando é coisa do destino simplesmente acontece quando menos esperamos. No livro "Perdida", da Carina Rissi, vemos que quando está escrito nas estrelas o universo se desdobra para fazer dar certo. Conta a história de Sofia, uma garota do século XXI, e Ian, um príncipe do século XIX. Despretensiosamente Sofia compra um novo celular, mal sabe ela que esse gesto mudará o rumo da sua vida por completo, pois faz com que ela volte para 1830 e se apaixone pelo príncipe. 

        Calma, essas coincidências não estão somente nos mundos de fantasias. Infelizmente ou felizmente não conseguimos voltar no tempo, mas isso não impede de casais se conhecerem das formas mais aleatórias possíveis, um exemplo são meus pais, minha mãe nasceu no Ceará e meu pai em Salto, cerca de 2937 km de distância. Quem diria que minha mãe viria para o estado de São Paulo algum dia, e através de amigos em comum, conhecer o homem com quem casara um ano depois. Loucura, né? Depois de ler o texto de hoje, me conte nos comentários a história mais inusitada de amor que você já ouviu.
        
        Não se preocupe, você encontrará o amor da vida, como diz o ditado popular “Toda panela há uma tampa”. Viva a vida, entregue-se a ela, abra mão das suas expectativas e a deixe te levar, “não queira que tudo aconteça como deseja. Deseje que tudo aconteça como deve acontecer, e terá serenidade”, Epiteto já dizia. Enquanto você está aí à espera do (a) seu (sua) amado (a), cuide-se, tenha momentos de autocuidado, ame-se, curta a sua própria companhia, pois assim não aceitará resquícios de afeto e é preciso estarmos bem para cuidar de quem amamos.

            Lembre-se, se for para ser será, como diz a música “Mil acasos me levam a você”.