terça-feira, 18 de junho de 2024

Pressão que a sociedade exerce nos jovens após o ensino médio

        E agora o que será da minha vida? Esse é um dos milhares de questionamentos que passam pela nossa cabeça, enquanto jovens. Não saber o que fazer após o ensino médio: tentar uma faculdade? Se sim, qual área? Trabalhar? Enfim, são perguntas que não acabam mais! Um verdadeiro espiral.

        A fase jovem é um grande mar de descobertas, decisões e um turbilhão de sentimentos. É difícil e se torna ainda mais quando somos pressionados por todos os lados, visto que esse momento é um momento de construção: entender o que esperamos de nós mesmos e o que o ambiente espera da gente. Na maioria, esses dois pontos são bem divergentes.

        Na minha percepção, um dos aspectos mais desafiadores é o último ano do ensino médio, fase essa que deixamos literalmente “o ser criança” e nos deparamos com a fase adulta. Os dezoito anos batendo na porta. A sociedade entende que esse ano é o ponto crucial para uma escolha que espelhará o resto das nossas vidas. Para aqueles que já sabem o que querem acaba sendo mais tranquilo, mas para os que não fazem ideia ou estão em dúvida, o bicho pega! E quando as pessoas ao redor já escolheram: “Ah eu quero medicina”, o outro “Quero relações internacionais”, “Ah não! Eu quero ser um grande advogado” e às vezes você só quer seguir a carreira artística, porém o ambiente mostra o quanto é difícil viver da arte e que infelizmente para alguns não é considerado profissão. Fatos como esse nos fazem “acordar” para uma questão:  além de escolher o que queremos, tem que ser uma escolha “pé no chão” e uma escolha que nos trará uma boa remuneração.  

     Outros questionamentos que enfrentamos, principalmente pelas pessoas mais experientes, como o tio do pavê, é “Cadê os (as) namoradinhos (as)?”. Esse tópico é contraditório, já que quando o jovem começa a namorar na fase da escola as pessoas ao redor dizem que é muito cedo e que não é o momento ideal. Quando termina a escola e está ali na faixa dos 18 ao 20 e não tem pretendentes ou simplesmente não quer relacionamento, começa uma certa pressão “oculta”, ou seja, os questionamentos nos encontros de família, por exemplo. O clássico é “Se você demorar muito tempo ficará para titia (io)”. 

        Por meio desses dois aspectos citados acima, é perceptível o quanto somos compelidos em todos os âmbitos da vida, o que nos faz sentir um elástico. O segredo para não viver nessa panela de pressão é viver o que você acredita, e não ir pelo o que os outros querem que você viva. Afinal todos estamos se descobrindo e redescobrindo, não somos seres inertes.   

A visão da ciência

        O psicanalista Erik Erikson, teórico do desenvolvimento, entende que o desenvolvimento psicossocial de uma pessoa se dá por etapas, caracterizadas por uma crise psicossocial entre o conflito de duas forças. Para ele, a adolescência é uma fase em que os jovens começam a projetar uma imagem da pessoa que querem se parecer no futuro, além do mais tentam encontrar seu papel na sociedade, propósitos e criam uma identidade única. Nesse sentido, a conclusão dessa fase é de suma importância, pois aqueles que concluem com sucesso terão uma base sólida, saudável e bem estruturada. Isso nos mostra a importância do apoio familiar e das instituições que frequentamos, pois o jovem que vive esse momento da vida de maneira conturbada, levará consequências e prejuízos para a vida adulta.

Até semana que vem!

        Ficamos por aqui, gostou do conteúdo dessa semana? Todas terças-feiras, às 16:55, há publicação fresquinha, então já coloque no seu cronograma para não perder a próxima. Enquanto isso, leia os textos passados, pois todos são assuntos muito importantes! Beijoss, até a próxima.

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