quinta-feira, 21 de novembro de 2019

Semana da consciência negra: Martin Luther King e Rosa Parks- Histórias entrelaçadas

   Ser negro nos Estados Unidos mesmo com os diretos civis instituídos sempre foi uma luta constante, e esta começo a ter repercussão em meados de  1950 e 1960 com movimentos civis da população negra lutando contra a segregação racial existente no país principalmente na região sul.Entre esses movimentos, o pioneiro “Conferência da Liberdade Cristã do Sul (SCLC – Southern Christian Leadership Conference)” o qual o fundador foi Martin Luther King, um pastor protestante, nascido em Atlanta, Geórgia nos EUA.
    King foi um dos ativistas mais importantes da história contemporânea, lutou contra a discriminação racial sendo um grande líder dos movimentos pelos direitos civis dos negros no EUA. Desde jovem, Martin Luther King tomou consciência da situação de segregação social e racial em que viviam os negros de seu país, em especial nos estados do Sul. Em 1955 começo a lutar pelo reconhecimento dos direitos da população negra. No mesmo ano Luther King foi preso ao promover um boicote a uma companhia de transportes em Montegory, como forma de repudio a injustiça com Rosa Parks.
Martin Luther King em um de seus discursos.


    Rosa Louise McCauley, conhecida como Rosa Parks, uma mulher de família humilde, trabalhava de costureira para ajudar sua família se casou com Reymond Parks, o qual era ativista da causa negra no País, junto de seu marido abraçou o ativismo pelos negros. Em um dia um ônibus mudou sua vida, o transporte mantinha a segregação: brancos nos bancos da frente e negros nos bancos de trás. Rosa após um longo  dia de trabalho, entrou no ônibus e sentou nos bancos de trás, durante o trajeto o ônibus encheu, não havia mais lugares para sentar. E quando um passageiro branco entrou no ônibus,  exigiu que Rosa cedesse o lugar para ele sentar mas ela recusou-se a dar o lugar para o homem, cansada de suportar aquele tipo de tratamento.
    Rosa foi presa, pagou a fiança, foi liberada e recebeu apoio para seguir lutando, sua mobilização junto de Luther King foi tão forte, que conquistou o fim da segregação entre brancos e negros pelo menos nos ônibus, ela fica conhecida como a “mãe dos direitos civis dos negros”. Martin Luther King passou a usar o exemplo de Rosa Parks e do boicote para influenciar mais pessoas a lutar pela causa. Ao longo da década seguinte, King, falou e organizou protestos e manifestações não violentas para chamar a atenção para a discriminação racial e para exigir legislação de direitos civis de proteção aos afro–americanos. As manifestações massivas levaram a uma grande marcha com mais de 250 mil manifestantes em Washington DC, onde king pronunciou seu famoso discurso e prol da igualdade “Eu tenho um sonho”(I have a dream).

Rosa Parks sentada em um ônibus em Montegomery,EUA (1956).
   Tão potente foi o movimento pela igualdade racial, que em 1964 o Congresso promulgou a Lei dos Direitos Civis e no mesmo ano Martin Luther King recebeu o Nobel da Paz. Rosa Parks    foi condecorada em 1996 pelo então presidente Bill Clinton com a Medalha Presidencial da Liberdade, uma das maiores honrarias dos EUA e também tem uma estatueta em sua homenagem. Tanto reconhecimento vem do combate ao racismo e a discriminação, e da luta de ambos por uma sociedade justa e igualitária para todos.

Discurso "Eu tenho um sonho" (I have a dream) de Martin Luther King



Referências:
MIDIA NINJA. Há 90 anos nascia Martin Luther king jr. 2019. Disponível em: <http://midianinja.org/news/ha-90-anos-nascia-martin-luther-king-jr/>. Acesso em: 14 nov. 2019.

HISTÓRIAZINE. Rosa Parks e a eterna luta contra o racismo. 2016. Disponível em: <https://historiazine.com/rosa-parks-e-a-eterna-luta-contra-o-racismo-df9e6ec93ae2>. Acesso em: 14 nov. 2019.

UNIDOS PELOS DIREITOS HUMANOS (Org.). DEFENSORES DOS DIREITOS HUMANOS MARTIN LUTHER KING, JR. (1929–1968). 2016. Disponível em: <https://www.unidosparaosdireitoshumanos.com.pt/voices-for-human-rights/martin-luther-king-jr.html>. Acesso em: 14 nov. 2019.

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