As estrelas, o Sol, a Lua, as estações do ano. Imagine um ser racional que está tentando entender o mundo ao seu redor. Quando este ser vê tais eventos, fenômenos e aparições tão magnificamente fora de seu controle, como não os entenderia como divinos?
Por muito tempo, fenômenos astronômicos eram uma das maiores inspirações para o entendimento do mundo.
Era muito natural que usássemos nossa capacidade de reconhecer padrões para formar pontos entre estrelas, criando personagens e mitos astrais.
Ora, a posição dessas constelações ou dos astros coincidiam com a mudança das estações, com a altura da maré. Estava claro que o celeste era o livro dos deuses e da natureza.
Assim, entende-se a possível base astrológica/astronômica comum das religiões antigas e atuais.
A data escolhida para se comemorar o nascimento de Jesus Cristo pode fazer parte dessa tradição de observação do céu e seus astros. Adotando os costumes de diversas culturas em se celebrar a vitória do sol, a luz e o verão, sobre as trevas, o frio e o inverno, antigos cristãos começaram a celebrar nessa mesma data o nascimento de Jesus Cristo, como aponta o controvertido filme Zeitgeist.
O solstício de inverno no hemisfério norte é quase sempre no dia 21 ou 22 de dezembro, é quando o Sol aparenta estar "morrendo", por causa dos dias cada vez mais curtos e temperaturas mais baixas. Depois de três dias do solstício, o Sol começa a renascer e retomar seu poder: lentamente as noites vão encurtando e os dias vão alongando. A páscoa está relacionada com o equinócio de primavera, marcando a vitória da luz sobre as trevas, pois a partir daí, os dias são mais longos que as noites.
Para nós, no hemisfério sul, assim como as estações do ano, os solstícios e equinócios são invertidos, portanto, em dezembro, passamos pelo solstício de verão e muitos observam que, do ponto de vista astronômico, deveríamos comemorar o Natal em...junho!
No final, é possível entendermos como a posição aparente e o relacionamento arbitrário entre objetos a distâncias quase infinitas podem determinar a cultura, a história e as crenças de nós aqui no pálido ponto azul. Talvez, nesse sentido, exista, sim, um mecanismo pelo qual aconteça alguma influência dos astros sobre nossas vidas.
Para saber mais:
O filme Zeitgeist, por Peter Joseph, que, em sua primeira parte, resume as relações entre a data escolhida para o Natal e os eventos astronômicos.
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