terça-feira, 28 de maio de 2024

A Era da Academia e Alimentação Saudável

A geração Z é marcada por muitas tendências, sendo que a maioria delas é passageira. Mas, há algum tempo, cuidar da saúde não sai da moda!


Segundo pesquisas, essa geração composta por pessoas que nasceram entre 1995 e 2010 buscam o desenvolvimento pessoal por meio da prática de exercícios e de uma alimentação saudável. Podemos perceber esse fato observando as academias lotadas e a inclusão de saladas no cardápio de muitos restaurantes, por exemplo. Muitos jovens dessa época recusam bebidas de álcool e não acham atrativa a ideia de ficar até tarde nas baladas. 

Pessoas que frequentam a academia criaram até o termo “marombeiro” para se referirem entre si, o que aumenta a motivação para seguir a essa propensão. É claro que o mercado capitalista não ficou de fora e aproveitou para lucrar com esse cenário, patrocinando influenciadores que contribuem para essa expansão, visto que os jovens são muito influenciáveis e estão abertos para se inspirarem em outras rotinas. Produtos como roupas de academia e barrinhas proteicas com certeza já devem ter aparecido em anúncios, assim como a sugestão de aplicativos com rotinas de treinos para realizar em casa.

Essa é uma moda aconselhável para seguir e para transformá-la num estilo de vida, por diversos fatores, como: conseguir realizar suas atividades com integridade no dia a dia, prevenir doenças futuras e alcançar um “envelhecimento” alegre e saudável. No entanto, é preciso estar atento para não ser radical, pois tudo na vida exige equilíbrio. Não é preciso deixar de sair com os amigos nos finais de semana para evitar sair do seu plano alimentar ou evitar faltar da academia, afinal, esses momentos de socialização são essenciais para ter uma boa saúde mental. Pois, além do corpo, é preciso cuidar da mente! Atente-se também para não seguir a dieta de um influenciador digital, já que cada corpo exige um cuidado diferente.

Lembre-se que, para ser saudável e fazer parte dessa tendência, você não precisa consumir todos os produtos fitness que são oferecidos nem ir à academia. Para começar a cuidar da saúde, já é suficiente priorizar alimentos naturais ao invés dos industrializados e buscar uma rotina menos sedentária, por exemplo, substituindo o carro por uma caminhada pelo menos duas vezes na semana.


Até a próxima semana!
Gostou do conteúdo e acha que ele pode ajudar alguém? Compartilhe e deixe seu feedback, é muito importante para produzirmos mais matérias do interesse de vocês. Toda terça-feira te esperamos com novidades no blog!

Aproveitem para nos seguir no Instagram: @xepamexida.


terça-feira, 21 de maio de 2024

Problemas Mentais: Parte 2

A Revolução psiquiatra por Nise da Silveira 

    Problemas mentais, assim conhecido pelo senso comum, é denominado pela medicina de doenças ou transtornos mentais, que são condições que afetam o psicológico, emocional e o comportamento de um indivíduo, comprometendo as suas relações com outras pessoas e com o meio em que está inserido. 

    Atualmente há uma série de diagnósticos e tratamentos que contribuem para uma melhor condição de vida ao diagnosticado, porém nem sempre foi assim. Muitas vezes, essas pessoas eram abandonadas tanto pela família quanto pelo Estado, e quando buscavam tratamentos eram submetidas a procedimentos desumanos, como a lobotomia – procedimento no cérebro – por exemplo.




    Nise da Silveira, psiquiatra brasileira nascida em Maceió, em 1905, foi uma das contribuintes para a revolução dos tratamentos de doenças mentais. Ela era contra aos métodos violentos, considerados como práticas tradicionais da época, em que os pacientes eram expostos. Esses procedimentos baseavam-se na lobotomia, cirurgia no cérebro em que era usado um instrumento longo e fino inserido pela pálpebra até chegar ao lobo frontal, parte do cérebro responsável pela memória funcional e a linguagem. Batiam com um martelo nesse instrumento causando um fragmento do lobo frontal com a parte central do cérebro, o que fez com que muitos submetidos a esse procedimento ficassem em estado vegetativo. Insulinoterapia usada para deixar a pessoa em coma, desligando-a de seus problemas mentais e eletrochoque, sessões de choques para tratar esquizofrênicos.   

    Silveira foi promissora dos tratamentos alternativos, um deles foi o incentivo ao uso da arte como parte do tratamento. A ideia é que pacientes tenham momentos de pinturas para que eles “coloquem para fora” seus sentimentos. Muitas dessas pinturas ganharam destaque pela estética e foram expostas no Museu de Imagens do Inconscientes, localizado no Rio de Janeiro. Além, da melhora significativa que esses pacientes apresentaram. Outro método foi introduzir o contato dos pacientes com cães e gatos, estabelecendo vínculos afetivos.

Graças a Nise, hoje temos tratamentos humanizados e éticos.

Para a reflexão da semana fiquem com essa frase da querida Nise da Silveira:

“Não se curem além da conta. Gente curada demais é gente chata. Todo mundo tem um pouco de loucura. Vou lhes fazer um pedido: Vivam a imaginação, pois ela é a nossa realidade mais profunda. Felizmente, eu nunca convivi com pessoas ajuizadas. É necessário se espantar, se indignar e se contagiar, só assim é possível mudar a realidade.”

terça-feira, 14 de maio de 2024

Problemas Mentais: Parte 1

É perceptível o crescimento de casos de pessoas que sofrem com doenças mentais e, por este motivo, dividimos esse assunto em duas partes, nas quais trataremos da relação com o mundo digital e a revolução da psiquiatria, respectivamente.

Podemos notar que atualmente está ocorrendo uma “fusão” do mundo real com o mundo virtual e isso decorre da dependência que as pessoas tem do aparelho celular e, mais especificamente, da internet. Recentemente, na edição do Big Brother Brasil 2024, a participante e influenciadora digital Vanessa Lopes desistiu do programa após perceber que estava com comportamentos fora do normal e com distorção da realidade, recebendo um laudo médico de psicose aguda, causada por estresse excessivo e mudança extrema de uma experiência de vida. Vanessa Lopes vivia numa realidade virtual fora da casa e a “abstinência” desse mundo, entre outros fatores, causou seu problema mental.

 São 131.506 milhões de contas ativas na internet. Destas, 127.4 milhões são usuários únicos nas redes sociais (96,9%). Segundo a pesquisa “Digital in 2022: Brazil”, realizada pela Hootsuite e We Are Social os brasileiros passam em média 10 horas por dia no celular, sendo 3 horas e 41 minutos dedicados as redes sociais. Esse uso excessivo das redes expõe o ser humano a casos de cyberbullying, isolamento do mundo real e de relações com outras pessoas, comparação de estilos de vida, grande demanda de notícias negativas e um nível de dopamina ao qual o cérebro humano não está preparado para receber.

A dopamina é um neurotransmissor estimulante, responsável pela sensação de energia, disposição e prazer. Na dose certa, proporciona satisfação e felicidade aos indivíduos. Mas sua falta ou excesso desregulam as funções neurais. E, de acordo com o psicólogo estadunidense Joshua Buckholz, o resultado pode ser caótico: distúrbios psiquiátricos, caráter antissocial, déficit de atenção ou hiperatividade. As redes sociais nos causaram um vício em curtidas, que liberam dopamina, juntamente aos vídeos curtos, que são sempre inesperados e por isso, funcionam como uma “surpresa” para a nossa mente. A esquizofrenia é um exemplo de distúrbio causado pelo excesso ou desregulação de dopamina, tanto que seu tratamento inclui remédios que bloqueiam os receptores desse hormônio.

Além do risco de esquizofrenia, utilizar freneticamente as telas pode causar depressão, ansiedade, dependência digital, baixa autoestima e transtornos de sono. Também pode-se desencadear a ‘nomofobia’, que é o medo de ficar longe do celular. Uma pesquisa realizada pela Universidade Federal de Minas Gerais apontou ainda que o uso excessivo de telas pode diminuir o Quociente de Inteligência (QI) antes do esperado, visto que há uma falta de incentivo para atividades que requerem pensamento rápido e outras habilidades que contribuem para o funcionamento ativo do cérebro.

Refletindo sobre o tema...

Infelizmente, a tendência é que o uso dos smartphones aumente e gere um ciclo vicioso, como relata o jovem Davi Mendonça, que participou de uma pesquisa realizada pela secretaria da saúde do Ceará: "Há momentos em que eu consigo ocupar minha cabeça com outras coisas e deixo as redes mais de lado. Depois, por algum motivo, sou 'sugado' pelos aplicativos e me vejo usando o celular por horas, sem perceber. De uma maneira geral, esse uso desenfreado é bem prejudicial e me afeta negativamente. Além de me deixar cansado, fico ansioso". 

Diante desses conhecimentos, é importante começar a utilizar os aparelhos celulares com mais consciência, para que nós estejamos no controle de nossos pensamentos e não os conteúdos virtuais. Além de gerir nosso tempo diante das telas, precisamos enriquecer nosso tempo fora delas, tentando manter a nossa mente ativa, a fim de "quebrar" um ciclo de vício!


Até a próxima semana!
Gostou do conteúdo e acha que ele pode ajudar alguém? Compartilhe e deixe seu feedback, é muito importante para produzirmos mais matérias do interesse de vocês. Toda terça-feira te esperamos com novidades no blog!

Aproveitem para nos seguir no Instagram: @xepamexida.


terça-feira, 7 de maio de 2024

Dismorfia corporal gerada pelas redes sociais

O transtorno do século XXI

    A tecnologia colabora com o aumento da preocupação com a auto imagem, problema esse que afeta pessoas de todas as faixas etárias, mas principalmente os jovens na adolescência. 

    O excesso da preocupação com a estética do corpo, dando ênfase às “imperfeições”, na maior parte do tempo, chama-se dismorfia corporal. Isso é causado pelo  padrão de uma aparência perfeita imposta pela sociedade, aqueles que não se enquadram não são considerados parte desse padrão. Vemos que a apropriação de um modelo estético é um problema estrutural grave vindo de muitos anos atrás, um exemplo é um conceito que surgiu no século XIX, “raça ariana”, considerada como a mais pura linhagem de seres humanos, sendo superiores às demais. Esses eram pessoas altas, brancas, cabelos loiros, olhos claros, etc.



Tá, mas o que isso tem a ver com as redes sociais?

    Um dos fatores das redes sociais que ajuda a proliferação dessa distorção de imagem são os filtros.  Quando os filtros foram criados os usuários usavam para se fantasiar, já que na maior parte eram de animais, seres místicos, humanoides, etc. O mais famoso era o filtro de cachorro do Snapchat, aposto que você tem uma foto assim! Porém, de duas décadas para cá os filtros já não são mais vistos como uma diversão e sim como um “aprimoramento” facial ou corporal.

    A maior parte dos criadores de conteúdos não gravam mais stories sem o uso deles. A usabilidade desses filtros não é o problema, a questão é quando o usuário passa a não se enxergar como ele é e sim só usando o filtro, pois dessa forma ele tem uma aceitação maior na rede.  Essa tecnologia é feita com a idealização de uma “beleza perfeita”, fato esse impossível para uma pessoa que tem toda uma rotina no dia a dia. Além do mais, a maioria desses filtros possuem o padrão de uma pessoa europeia, reforçando um padrão racista. Nesses últimos anos, a repercussão é de um nariz fino, levando muitas pessoas a procedimentos estéticos, como a cirurgia plástica.

    A distorção de imagem faz com que as pessoas, muitas vezes inconscientes, escondam quem realmente elas são, por medo de serem rejeitadas no mundo virtual. Nesse contexto, você já fez o rascunho de um story ou de uma publicação no feed e no fim acabou excluindo por imaginar: "O que vão pensar de mim?" ou pode acontecer de ser a publicação de uma foto recente ou mais antiga, que você fica fitado em encontrar defeitos até apagar, sei como é! Infelizmente, pela enxurrada de informações que somos expostos, pensamentos intrusivos tem se tornado normal na vida das pessoas. 

    Outro ponto muito importante para refletir é que uma grande massa afetada por esse mundo irreal, onde não há imperfeições, é um prato cheio para as grandes indústrias, visto que muitos estão sempre buscando se enquadrar no modelo ideal, favorecendo com que as indústrias possam criar meios para lucrar com a situação, gerando no receptor o sentimento de necessidade para obter o produto anunciado.

    Com o exposto, não significa que você precisa parar de usar filtros, afinal eles são bem vindo quando não estamos muito afim de se arrumar. Só não podemos nos tornar reféns dessa tecnologia, deixando ela nos moldar e tirar nossa essência. Quem você é faz parte da sua história e o mundo é formado por diversidades: pessoas negras, amarelas, brancas, indígenas, uns tem nariz grosso enquanto outros fino, alguns possuem cabelos lisos, cacheados, crespos, etc. Somos uma mistura e não aceitaremos fazer parte de um padrão que quer apagar o nosso eu.

Dismorfia corporal não é brincadeira

    Não se deixe levar pelo o que você vê nas redes sociais, não se sabe o que é real ou não. Por isso, esteja bem consigo mesmo, antes de sair consumindo conteúdos. Se necessário tire um tempo fora das redes ou tome uma medida mais rígida, ficar sem por tempo indeterminado. Acredite, às vezes é necessário!

  E atenção aos sintomas de dismorfia corporal:

  • Evitar ou estar sempre se olhando no espelho;
  • Baixa autoestima;
  • Ter uma comparação excessiva do seu corpo com os dos outros;
  • Estar sempre dando ênfase a partes do corpo que você não gosta;
  • Entre outros fatores.
    Se você se identifica com alguns desses fatores citados acima procure ajuda de algum especialista. A dismorfia corporal não é brincadeira, não é frescura e é mais comum do que imaginamos! 


Até semana que vem!

    
    Ficamos por aqui, gostou do conteúdo dessa semana? Sempre há publicação fresquinha uma vez por semana, então já coloque no seu cronograma  para não perder a próxima. Enquanto isso, leia os textos passados, pois todos são assuntos muito importantes! Beijoss, até a próxima.