terça-feira, 21 de maio de 2024

Problemas Mentais: Parte 2

A Revolução psiquiatra por Nise da Silveira 

    Problemas mentais, assim conhecido pelo senso comum, é denominado pela medicina de doenças ou transtornos mentais, que são condições que afetam o psicológico, emocional e o comportamento de um indivíduo, comprometendo as suas relações com outras pessoas e com o meio em que está inserido. 

    Atualmente há uma série de diagnósticos e tratamentos que contribuem para uma melhor condição de vida ao diagnosticado, porém nem sempre foi assim. Muitas vezes, essas pessoas eram abandonadas tanto pela família quanto pelo Estado, e quando buscavam tratamentos eram submetidas a procedimentos desumanos, como a lobotomia – procedimento no cérebro – por exemplo.




    Nise da Silveira, psiquiatra brasileira nascida em Maceió, em 1905, foi uma das contribuintes para a revolução dos tratamentos de doenças mentais. Ela era contra aos métodos violentos, considerados como práticas tradicionais da época, em que os pacientes eram expostos. Esses procedimentos baseavam-se na lobotomia, cirurgia no cérebro em que era usado um instrumento longo e fino inserido pela pálpebra até chegar ao lobo frontal, parte do cérebro responsável pela memória funcional e a linguagem. Batiam com um martelo nesse instrumento causando um fragmento do lobo frontal com a parte central do cérebro, o que fez com que muitos submetidos a esse procedimento ficassem em estado vegetativo. Insulinoterapia usada para deixar a pessoa em coma, desligando-a de seus problemas mentais e eletrochoque, sessões de choques para tratar esquizofrênicos.   

    Silveira foi promissora dos tratamentos alternativos, um deles foi o incentivo ao uso da arte como parte do tratamento. A ideia é que pacientes tenham momentos de pinturas para que eles “coloquem para fora” seus sentimentos. Muitas dessas pinturas ganharam destaque pela estética e foram expostas no Museu de Imagens do Inconscientes, localizado no Rio de Janeiro. Além, da melhora significativa que esses pacientes apresentaram. Outro método foi introduzir o contato dos pacientes com cães e gatos, estabelecendo vínculos afetivos.

Graças a Nise, hoje temos tratamentos humanizados e éticos.

Para a reflexão da semana fiquem com essa frase da querida Nise da Silveira:

“Não se curem além da conta. Gente curada demais é gente chata. Todo mundo tem um pouco de loucura. Vou lhes fazer um pedido: Vivam a imaginação, pois ela é a nossa realidade mais profunda. Felizmente, eu nunca convivi com pessoas ajuizadas. É necessário se espantar, se indignar e se contagiar, só assim é possível mudar a realidade.”


Até semana que vem!

    Ficamos por aqui, gostou do conteúdo dessa semana? Todas terças-feiras, às 16:55, há publicação fresquinha, então já coloque no seu cronograma para não perder a próxima. Enquanto isso, leia os textos passados, pois todos são assuntos muito importantes! Beijoss, até a próxima.

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