terça-feira, 22 de outubro de 2024

Já pensou em ter os seus sonhos gravados?

    Pensar em ter seus próprios sonhos gravados por alguma tecnologia parece uma utopia, né? Mas está cada dia mais próximo de se tornar uma realidade. O ser humano tem feito a  tecnologia avançar rompendo com barreiras, limites e sem pensar o quanto pode ser desastroso.



    Segundo o Jornal Time Entertainment, publicado dia 29 de setembro de 2024, pesquisadores japoneses desenvolveram um equipamento que pode revolucionar a história da humanidade, um gravador de sonhos, que permite gravar e posteriormente assistir, assim como um streaming. O dispositivo de gravação de sonhos funciona a partir de imagens obtidas através de ressonância magnética que registram as atividades neurais detalhadamente. Depois essas imagens codificadas são traduzidas por uma inteligência artificial (IA), que vem mostrando uma precisão de tradução de 60%, podendo chegar até 70% quando o sonho possui foco em pessoas, objetos, etc. Essa tecnologia ainda está em fase inicial, sendo testada em voluntários.

Paralelamente, a série da Netflix, "Black Mirror" retrata as manipulações da inteligência artificial na vida dos personagens e o quão negativo podem ser os impactos dessa relação. O mais interessante é que a maioria dos personagens vivenciam algo muito semelhante aos nossos cotidianos, nos mostrando que essas tecnologias consideradas “utópicas” estão próximas de serem vividas. Na temporada 1, episódio 3 “The Entire History for You” nos deparamos com a possibilidade de rever as próprias memórias sozinho ou compartilhado em uma TV, a partir de um chip chamado “grão” implantado no cérebro. Nesse sentido, o protagonista desconfia que sua esposa está o traindo, o que faz com ele fique obsessivo por detalhes das memórias gravadas, as quais ele reassiste a todo momento para tentar encontrar algum sinal da suposta traição. Além disso, quando o personagem desconfia das falas de sua esposa, ele a obriga a compartilhar as memórias na tv para rebate-las. Isso faz com que a relação do casal seja possessiva e agressiva. Também nos mostra que os nossos dados gravados não cabe só a nós, mas sim aos outros também, o que pode ser extremamente invasivo, assim como o sonhos que são codificadas. Será que seria positivo outras pessoas terem acesso aos nossos sonhos? 

  Afinal de contas, até que ponto o uso da tecnologia é ético? E o quanto estamos dispostos a permitir que ela controle parte ou toda a nossa vida? Como diz o ditado popular "há dois lados na moeda", o lado negativo, mas também há o lado positivo, visto que essa nova tecnologia proporcionará muitos avanços, principalmente na área da saúde, onde poderá agregar na psicologia, por exemplo, possibilitando uma análise mais profundo do paciente. O que você me diz sobre isso? Deixe nos comentários.

terça-feira, 8 de outubro de 2024

Romantize sua vida

     Se você gosta de assistir os reels do Instagram ou os vídeos curtos do TikTok, com certeza já deve ter visto alguém falar sobre romantizar a vida. Esse conceito é mais uma das tendências que a pandemia da Covid19 nos proporcionou e que perdura até hoje. Caso nunca tenha ouvido sobre esse tema, essa frase “romantize sua vida” pode parecer uma frivolidade, mas, conhecendo mais sobre isso e descobrindo que tem benefícios, você mesmo vai querer aplicar essa prática.

Romantizar a vida é uma forma de enxergar beleza onde há rotina, ou seja, em pequenas coisas do dia a dia. A tendência propõe que encontremos felicidade no presente e que aproveitemos mais as nossas vidas, ao invés de viver esperando pelas férias ou pelos finais de semana. A influência tem como proposta romantizar a vida em coisas básicas, sem a necessidade de gerar gastos. Você pode praticar a tendência tirando fotos bonitas, dançando sua música favorita ou apreciando o pôr do sol, por exemplo.

Os especialistas dizem que esse hábito é uma vertente da “mindfulness” – atenção plena – que é uma técnica para desenvolver consciência sobre o seu corpo e sua mente através da atenção no momento presente. Foi comprovado pela psicologia, que esse exercício proporciona relaxamento, reduz a depressão, melhora o sono e as atividades físicas. Outra inspiração também pode ter sido o costume dinamarquês denominado “hygge”, que é basicamente o bem-estar do estilo de vida dos dinamarqueses, considerados como o povo mais feliz do mundo, que inclui conforto e lares quentes. Em suma, romantizar a vida é uma forma de buscar constantemente a felicidade em aspectos do presente, sem idealizar o que não é acessível. 

Mas atenção!

Você não pode evitar os acontecimentos ruins do cotidiano, mas pode mudar a forma como os enxerga e não deixar a vida passar sem que você perceba. Contudo, é importante fazer isso da forma correta, ou seja, não resumir sua vida as postagens bonitas e aos recortes desses momentos “românticos”, mas sim encarar a realidade. Na vida passamos por altos e baixos, então temos que enfrentar os desafios do presente para não criar um mundo irreal onde não existem situações difíceis.

A vida é cheia de momentos especiais, por isso aprecie a natureza, explore novos hobbies, celebre até as pequenas conquistas, agradeça pelas coisas simples e aproveite o presente com um sorriso no rosto! Comece agora mesmo, parando um pouco, olhando ao redor e percebendo o quão bom é estar vivendo neste momento.

 Até a próxima!

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terça-feira, 24 de setembro de 2024

7 de setembro: O perigo de uma história única

     “Independência ou morte? ”, grito que Dom Pedro deu as margens do Rio Ipiranga, dia 7 de setembro de 1822, considerado feriado nacional, marcou um ponto crucial na nossa história, pois a partir de então o Brasil deixou de ser colônia de Portugal e passou a ter sua independência como Estado.


    Quando falamos da independência do Brasil, na maioria das vezes, imaginamos o quadro “Grito do Ipiranga”, pintado por Pedro Américo. Essa arte foi encomendada e atualmente encontra-se no Museu do Ipiranga em São Paulo. Ela retrata de forma gloriosa o dia desse acontecimento. Ao observá-la percebe-se que Dom Pedro recebe uma posição de destaque, por ser retratado quase ao centro, com trajes nobres e com a mão, em que segura a espada, voltada para alto, demonstrando bravura e heroísmo. Em seu entorno, há muitos cavaleiros montados em cavalos, que são pintados de uma maneira que traz um movimento a imagem, como se estivessem prestes a cavalgar, os trajes são típicos da posição social e muitos estão com suas espadas esquivadas para o alto, seguradas pela mão direita, mostrando formalidade e sincronia. Enfim, tudo é muito idealizado. Mas, será que realmente foi dessa forma? 

    Não, não foi assim. Esse evento ocorreu em 1822 e o quadro foi pintado por um artista que nascera tempos depois, em 1843. Pedro Américo analisou diversos documentos históricos, vestes imperiais, visitou o local, entre outros. Tudo para que pudesse ser realizada uma obra de exaltação ao grande feito, que pudesse transmitir um caráter esplendoroso, retratando algo muito diferente do que realmente aconteceu. Alguns historiadores dizem que possivelmente Dom Pedro parou no Rio Ipiranga pelo fato de estar sofrendo de problemas intestinais que o obrigava a fazer paradas no trajeto. Também fizeram esse longo percurso, do Rio de Janeiro a São Paulo, de mula, por ser um animal que tem uma maior resistência a peso, vestia trajes simples e não estava acompanhado de muitas pessoas. Além disso, o imperador estava sendo pressionado para retornar a Portugal, sendo aconselhado por sua corte a fazer a separação da coroa portuguesa com o Brasil.

    Com essa desconstrução do quadro, podemos fazer uma alusão ao “Perigo de uma História Única” de Chimamanda Adichie, obra em que ela nos ensina que muitas das vezes conhecemos apenas um lado da história e a tornamos uma verdade universal. Assim foi e é o dia 7 de setembro, um dia que é retratado e ensinado de maneira idealizada, o que faz com que alunos sejam facilmente convencidos de que aquilo é real. Isso nos mostra a importância de questionar e buscar outras versões de uma mesma história, para não nos tornarmos ignorantes e réus.

terça-feira, 10 de setembro de 2024

Uma viagem dentro da nossa "divertida" mente

No filme “Divertida Mente 2”, a mente humana é muito bem retratada, visto que especialistas, psicólogos e psiquiatras fizeram parte do processo de produção da animação. Nesta trama, a protagonista Riley está entrando na fase da adolescência e acompanhamos o surgimento de quatro novas emoções: Inveja, Ansiedade, Tédio e Vergonha. Esse roteiro tem base nas conclusões do americano Paul Ekman, que afirma que essas emoções são universais, sendo que as retratadas no primeiro filme estão presentes em nossa vida desde que nascemos e evoluem conosco, se tornando mais complexas.

A reflexão mais importante que o filme nos traz é a percepção de que nenhuma emoção é ruim e que é normal sentirmos todas elas, sendo que não precisamos ficar preocupados em sentir ansiedade, por exemplo. As emoções que podem ser consideradas como “vilãs” também são importantes para o nosso desenvolvimento:

  • Tristeza: é uma emoção que permite enxergar com clareza a realidade. No filme, até mesmo a personagem Alegria passa por um momento triste, mostrando que ninguém é feliz o tempo inteiro. A Tristeza também é uma das emoções que mais ajuda a controlar a ansiedade da Riley;
  • Raiva: não aceita as injustiças, permitindo que a vida aconteça apesar delas e evitando as pessoas de se passarem por “bobas”;
  • Medo e Nojinho: ambas as emoções são essenciais em determinados momentos, pois evitam o perigo e ajudam na manutenção da nossa saúde. Por exemplo, o nojo impede de comer determinado alimento estragado;
  • Tédio: muito bem representado com o uso do celular, já que os adolescentes pensam erroneamente que o smartphone vai salvá-los do tédio, sendo que acontece justamente o contrário. Porém, na fase da puberdade, essa emoção ajuda a diminuir a intensidade dos sentimentos;
  • Inveja: existem pesquisas que mostram dois tipos de inveja, uma maléfica e outra benigna. A benéfica, ajuda a identificar e lutar para conquistar os interesses;
  • Vergonha: impede o ser de tomar atitudes constrangedoras e de receber julgamentos;
  • Ansiedade: se controlada, permite antecipar determinados cenários, deixando-nos preparados para enfrentar algumas situações. A ansiedade para uma prova faz com que o sujeito estude e fique preparado, levando a um bom resultado final.

O problema é quando deixamos que somente uma emoção assuma o controle, como retratado na crise de ansiedade da Riley. Nenhuma emoção em excesso é benéfica, por isso é importante tentar manter um equilíbrio entre elas, sem tentar reprimir ou sentir somente uma emoção. Atualmente, numa sociedade que prega o tempo inteiro a alegria, somos tentados a pensar que o certo é estar totalmente feliz o tempo inteiro. Mas isso é impossível e também prejudica em certo ponto, por isso, não se cobre tanto para estar feliz a todo momento! A Alegria diz “acho que é normal sentirmos menos alegria quando crescemos”, mostrando que está tudo bem você acolher outras emoções.

Até a próxima!

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terça-feira, 27 de agosto de 2024

Como conciliar o último ano do ensino médio com o vestibular?

    Não é tarefa fácil conciliar duas coisas que exigem tempo e dedicação: escola e vestibular. Muitos que estão no terceiro ano do ensino médio encontram-se perdidos e não sabem por onde começar a se organizar, ainda mais quando não se tem cursinho para auxiliar ou o ensino da escola não é focado para vestibular. Se você se identifica, muita calma nessa hora! Respira fundo, você vai conseguir. 


Aqui vão algumas dicas para você se organizar:

    1. Veja quanto tempo você tem disponível para estudar, pois ter essa consciência permite a criação de um cronograma real, sem idealizações. Além do mais, ter um tempo reservado para os estudos faz com que seu cérebro se acostume e com o passar do tempo se torna monótono. Comece aos poucos, hoje, estude meia hora, semana que vem uma e assim por diante;
    2. Se você tem interesse por uma universidade específica e ela tem o seu próprio método de entrar, conheça-o bem. Esteja por dentro das datas de inscrição, prova, etc. Fique familiarizado como que é a prova, quantas questões possui, quais conteúdos são mais decorrentes, quantidade de fases, entre outros. Por incrível que pareça, isso é uma vantagem, já que te proporciona criar estratégias de prova e consequentemente de estudo;
    3. Faça uma lista das matérias que você tem mais dificuldades e procure iniciar os estudos por elas, isso te dará um norte. O que já se conhece é necessário apenas fazer revisões e exercícios;
    4. Saiba seus métodos de estudos, é bem provável que cada matéria você aprenda de um jeito diferente, por exemplo, matemática geralmente se aprende fazendo exercícios, história assistindo vídeo aulas, fazer resumo, etc;
    5. Depois de tudo que foi falado anteriormente, faça um cronograma. Encaixe o que deve ser feito naquele horário que você destinou para estudar, assim não perderá tempo. Seja sincero (a) consigo mesmo (a) e saiba dos seus limites, não adianta colocar tarefas demais que você não cumprirá;
    6. Preste atenção nas aulas da escola, entenda o conteúdo, tire dúvidas e dedique-se o máximo possível no tempo da aula, faça anotações durante, realize na aula o que foi proposto para evitar que fique coisas para fazer ao chegar em casa;
    7. Tenha momentos de lazer e descanso, é necessário.
    Lembrando que não há regras para se organizar nos estudos, essas são algumas que fazem sentido para mim e está tudo bem se não fizer para você!

terça-feira, 20 de agosto de 2024

De olho no ENEM: Revolução Constitucionalista de 1932

    No dia 9 de julho São Paulo comemora o feriado da Revolução Constitucionalista, que ocorreu em 1932. Muitas vezes esquecemos dessa data e, além de sua importância para o país, é um assunto cobrado nos vestibulares. Nesse texto, vamos falar dessa data histórica para você ficar por dentro das informações mais relevantes.

    Durante o período de 1894, o Brasil vivia a política do café com leite, caracterizada pela alternância de poder entre representantes de São Paulo e Minas Gerais. Até que em 1930, Getúlio Vargas assume o poder (inicialmente provisório), dando fim ao período oligárquico.


Contexto Histórico
    Devido a crise de 1929, a economia brasileira, baseada no café, estava sofrendo com prejuízos. Por isso, os paulistas ficaram preocupados e, ao invés de indicarem um mineiro ao poder, para seguir com a alternância, indicaram outro candidato de São Paulo, Júlio Prestes. Este, competiu e ganhou de Getúlio Vargas, o candidato lançado pela Aliança Liberal de Minas Gerais.
    Contudo, antes de Prestes assumir o governo, Washington Luiz foi destituído do poder, que foi entregue a Getúlio Vargas pelo levante militar. Inicialmente, o governo de Vargas era para ser provisório: ele deveria organizar a nação para uma próxima eleição e formar uma Assembleia Constituinte para elaborar uma nova Constituição, visto que a de 1891 fora suspensa.
    O presidente começou a tomar medidas mais autoritárias, enfraquecendo o Legislativo e fortalecendo o Executivo, por exemplo substituindo os governadores dos Estados por interventores que ele mesmo escolhia. Mas os paulistas ficaram insatisfeitos quando Vargas tornou de responsabilidade federal a administração do café, levando a revolução.

A Revolução de 1932
    Em 23 de maio de 1932, os policiais causaram a morte de quatro estudantes que lutavam pela convocação de eleições: Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo. A inicial dos nomes deles – M.M.D.C – tornou-se o símbolo do movimento.
 
    O presidente tentou amenizar a situação com o Código Eleitoral, porém, isso não impediu o início da revolta em 9 de julho, liderada por Pedro de Toledo. O movimento ganhou grande adesão devido as propagandas em cartazes, jornais e rádios, contando com um grande número de voluntários. Porém, o governo também investiu na Marinha e no Exército para conter os constitucionalistas. Ao todo, houveram mais de 930 mortes, por isso os paulistas se renderam em 2 de outubro do mesmo ano.
    Apesar de terem perdido o combate militar, conquistaram suas reivindicações políticas: São Paulo recebeu um interventor paulista e civil, em 1933 Getúlio Vargas foi eleito através de uma eleição indireta e foi promulgada uma nova Constituição, que ficou em vigor até 1937.

A importância da revolução
    Além de conseguir que uma nova Constituição fosse elaborada, a revolução mostrou o poder da cidadania e que é possível lutar por uma causa. A data também deixou legados físicos, como as Avenidas 23 de maio e 9 de julho em São Paulo, o monumento “Obelisco Mausoléu ao Soldado Constitucionalista de 32” no Parque Ibirapuera e os monumentos em todas as cidades do Vale do Paraíba onde houveram combates.
Obelisco de São Paulo

 Até a próxima semana!

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terça-feira, 13 de agosto de 2024

“Temos dois anos para salvar o planeta” e agora?

   A corrida contra o tempo!     

    Segundo Ailton Krenak em seu livro “A Vida Não É Útil”, “Não conseguimos frear o desmatamento no planeta. [...]. Minha escolha pessoal [...] não muda o fato de que estamos derretendo. E, quando alcançarmos mais um grau e meio de temperatura no planeta, muitas espécies morrerão antes de nós”. Esse trecho do livro me faz refletir que, nosso egoísmo excede o nosso limite e invade o espaço do outro, como é o caso da extinção de milhares de espécies por causa de nossa intervenção.


    Nós não somos seres distintos da natureza, nós somos parte dela, se a destruirmos, inconscientemente também estamos nos destruindo. A vida de privilégios e facilidades, como a presença de plástico nos itens mais básicos de consumo, tem nos levado ao nosso fim mais rápido do que imaginamos. Quando vamos ao supermercado é praticamente inevitável não comprar ao menos um produto que não contenha plástico, seja na embalagem ou em sua composição, porque o plástico traz praticidade, no século em que vivemos, é preciosa. Não queremos esperar o plantio crescer em seu tempo natural, para isso enxertamos de agrotóxicos e substâncias que fazem crescer em um menor período e que deixam os alimentos exuberantes. Isso porque almejamos ganhar tempo e dinheiro, o resto não importa, ao menos até o problema não bater na porta.  

    Os problemas ambientais são pautas a serem discutidas por autoridades de todo o mundo, a preocupação em tentar salvar o planeta como o conhecemos é grande e exige tomadas de atitudes drásticas. Um dos pontos de discussão são os gases que provocam o efeito estufa, sendo o principal deles o dióxido de carbono (CO2). Esse tem a capacidade de reter o calor do sol, impedindo que retorne para o espaço, elevando a temperatura do planeta. O aumento desse fenômeno se deu a partir da primeira revolução industrial, quando passamos a usar combustíveis fosseis para consumir, produzir e se deslocar. 

    Com esses acontecimentos citados anteriormente, além de tomadas de decisões políticas, cabe a nós individualmente o compromisso de optar por um estilo de vida que não contribua com a transformação negativa do nosso lar, o planeta Terra. Você pode se questionar, “Mas o que vai adiantar as minhas atitudes conscientes em meio a tantas pessoas contribuintes para essa calamidade? ”, pois bem, se todos nós nos conscientizarmos e começarmos com o mínimo, como separação do lixo, ir a pé/bicicleta a lugares próximos ou optar por transportes públicos iriamos aumentar o prazo para salvar o planeta. Que essa mudança comece por mim e por você. Uma andorinha não faz verão, mas se nos juntarmos todos com esse propósito, talvez conseguiremos mudar o rumo da Terra.

ATÉ SEMANA QUE VEM!

    Ficamos por aqui, gostou do conteúdo dessa semana? Todas terças-feiras, às 16:55, há publicação fresquinha, então já coloque no seu cronograma para não perder a próxima. Enquanto isso, leia os textos passados, pois todos são assuntos muito importante! Beijoss, até a próxima.

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terça-feira, 25 de junho de 2024

Por que repetimos filmes e livros?

Todo mundo tem um filme favorito, aquele que, independente de como você esteja se sentindo e do seu humor, tem vontade de assisti-lo. Filmes e livros que nos geram a sensação de relaxamento e que fazem com que sempre os repitamos, são conhecidos como “comfort books/movies”, em inglês, ou “livro/filme de conforto”.


    Com tantas novidades e informações que recebemos no cotidiano, praticar tal hábito pode ser como uma espécie de terapia. O ser humano relaciona suas experiências e busca conforto em músicas, lugares e conteúdos consumidos, o que explica a nostalgia, a segurança do que é conhecido, a certeza do que vai consumir e o desejo de visitar o universo da obra mais uma vez.

    Uma professora da Universidade do Arizona descobriu que os motivos que nos levam a consumir o mesmo livro, série ou filme diversas vezes estão relacionados ao fato de que o cérebro, já sabendo o desenrolar do conteúdo, busca a sensação de recompensa com a satisfação e o relaxamento, e também a uma análise que a pessoa pode fazer de si mesma, comparando o quanto sua vida mudou de quando ela assistiu seu filme favorito pela primeira vez até o momento atual. Há uma pesquisa que analisa quais são as sensações do indivíduo enquanto consome um conteúdo repetidas vezes. A conclusão de tal estudo foi que esse “reconsumo” ajuda a pessoa a interpretar e entender melhor, desenvolver mais atenção e se identificar com a trama dos personagens. 

    Ao assistir um desenho que você gostava muito quando era criança, você lembra como era sua rotina e seu jeito naquela época, causando uma sensação boa de nostalgia. Contudo, é preciso ficar atento se esse hábito e essa busca excessiva de conforto estão relacionados a uma fuga da realidade, a fim de evitar os conflitos e sofrimentos.

    Deixe nos comentários qual livro ou filme te proporciona essa sensação de conforto e que você não enjoa de repetir!

Até a próxima semana!
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terça-feira, 18 de junho de 2024

Pressão que a sociedade exerce nos jovens após o ensino médio

        E agora o que será da minha vida? Esse é um dos milhares de questionamentos que passam pela nossa cabeça, enquanto jovens. Não saber o que fazer após o ensino médio: tentar uma faculdade? Se sim, qual área? Trabalhar? Enfim, são perguntas que não acabam mais! Um verdadeiro espiral.

        A fase jovem é um grande mar de descobertas, decisões e um turbilhão de sentimentos. É difícil e se torna ainda mais quando somos pressionados por todos os lados, visto que esse momento é um momento de construção: entender o que esperamos de nós mesmos e o que o ambiente espera da gente. Na maioria, esses dois pontos são bem divergentes.

        Na minha percepção, um dos aspectos mais desafiadores é o último ano do ensino médio, fase essa que deixamos literalmente “o ser criança” e nos deparamos com a fase adulta. Os dezoito anos batendo na porta. A sociedade entende que esse ano é o ponto crucial para uma escolha que espelhará o resto das nossas vidas. Para aqueles que já sabem o que querem acaba sendo mais tranquilo, mas para os que não fazem ideia ou estão em dúvida, o bicho pega! E quando as pessoas ao redor já escolheram: “Ah eu quero medicina”, o outro “Quero relações internacionais”, “Ah não! Eu quero ser um grande advogado” e às vezes você só quer seguir a carreira artística, porém o ambiente mostra o quanto é difícil viver da arte e que infelizmente para alguns não é considerado profissão. Fatos como esse nos fazem “acordar” para uma questão:  além de escolher o que queremos, tem que ser uma escolha “pé no chão” e uma escolha que nos trará uma boa remuneração.  

     Outros questionamentos que enfrentamos, principalmente pelas pessoas mais experientes, como o tio do pavê, é “Cadê os (as) namoradinhos (as)?”. Esse tópico é contraditório, já que quando o jovem começa a namorar na fase da escola as pessoas ao redor dizem que é muito cedo e que não é o momento ideal. Quando termina a escola e está ali na faixa dos 18 ao 20 e não tem pretendentes ou simplesmente não quer relacionamento, começa uma certa pressão “oculta”, ou seja, os questionamentos nos encontros de família, por exemplo. O clássico é “Se você demorar muito tempo ficará para titia (io)”. 

        Por meio desses dois aspectos citados acima, é perceptível o quanto somos compelidos em todos os âmbitos da vida, o que nos faz sentir um elástico. O segredo para não viver nessa panela de pressão é viver o que você acredita, e não ir pelo o que os outros querem que você viva. Afinal todos estamos se descobrindo e redescobrindo, não somos seres inertes.   

A visão da ciência

        O psicanalista Erik Erikson, teórico do desenvolvimento, entende que o desenvolvimento psicossocial de uma pessoa se dá por etapas, caracterizadas por uma crise psicossocial entre o conflito de duas forças. Para ele, a adolescência é uma fase em que os jovens começam a projetar uma imagem da pessoa que querem se parecer no futuro, além do mais tentam encontrar seu papel na sociedade, propósitos e criam uma identidade única. Nesse sentido, a conclusão dessa fase é de suma importância, pois aqueles que concluem com sucesso terão uma base sólida, saudável e bem estruturada. Isso nos mostra a importância do apoio familiar e das instituições que frequentamos, pois o jovem que vive esse momento da vida de maneira conturbada, levará consequências e prejuízos para a vida adulta.

terça-feira, 11 de junho de 2024

Motivos para ler "1984"

  “O Grande Irmão está de olho em você” é o que acontece no livro “1984”, onde toda a rotina e os pensamentos da sociedade são controlados e monitorados. Essa obra fictícia e distópica, apesar de assustadora, pode narrar a realidade que vivemos. Mas, por que você deveria ler um livro que foi escrito há mais de 70 anos? Confira os motivos nesse post.


Personagens envolventes e curiosos

Um dos personagens mais famosos da obra é o Grande Irmão, mais conhecido como “Big Brother”, a figura do Estado que monitora o dia inteiro de todas as pessoas por meio das teletelas (camêras)... muito doido né? Porém, com a leitura, vamos percebendo que talvez o Grande Irmão dos dias atuais sejam nossos próprios celulares.

O protagonista, Winston Smith, se cansa de não ter vida própria e inicia um movimento contra o sistema de governo. Ele nos faz refletir quais seriam nossas próprias ações numa realidade como a dele, motivando os leitores a tomarem iniciativas que mudem suas vidas e a da sociedade. O personagem é o único que apresenta pensamento crítico e sentimentos, sendo que, durante a leitura, acompanhamos até mesmo ele se apaixonando!

Melhora seu pensamento como cidadão

Esse livro te auxilia a compreender melhor a política e a não ser “massa de manobra” do governo. O personagem principal, Winston Smith chega a conclusão de que “o crime de pensamento não acarreta a morte, ele é a morte”. Por meio da trama, é possível identificar o quanto somos influenciados a não pensar por nós mesmos e a seguir ideologias impostas pelo governo e por uma parcela da sociedade que já se deixou levar. Percebe-se isso no idioma criado pelo Estado do livro, a “Novilíngua”, que adapta e cria todas as palavras com significados ao seu favor, a fim de limitar o pensamento humano.

Um estudo sobre totalitarismo

Após ler o livro, você ficará mais atento aos seus direitos, principalmente, ao de liberdade. O livro te ajuda a compreender, com uma história envolvente e com questionamentos descomplicados, o que é um governo totalitário e o quanto ele é nocivo. 


Descreve a atualidade 

    Apesar de ter sido escrito em 1948, George Orwell conseguiu descrever muito bem a realidade dos dias atuais. Por exemplo, a questão da privacidade. Atualmente, estamos sendo vigiados pelas câmeras e pelas redes sociais, o algoritmo consegue identificar e rastrear tudo que fazemos pelo celular. Também percebemos o “duplipensar” – que transformava mentiras em uma verdade universal, como 2+2=5 – nas fake News, onde não importa o conteúdo, mas sim sua fonte.


Até a próxima semana!
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terça-feira, 4 de junho de 2024

"Mil Acasos": O amor da sua vida pode estar logo ali

 “Mil acasos apontam a direção

Desvio de rota é tão normal

Mil acasos me levam a você

No mundo concreto ou virtual

Me levam a você

De um jeito desigual, vai!” 

        Esse trecho da música "Mil Acasos" do Skank, nos leva a refletir sobre o amor, ou melhor, na pessoa amada. Agora vai um tópico sensível para os solteiros: esses pensamentos intensificam-se quando o dia dos namorados está chegando, pois há declarações e fotos de casais por todos os lados.


        Aposto que você já se pegou perguntando para si mesmo (a): “Onde encontrarei o amor da minha vida? ” Ou melhor “Quando? ”. São questionamentos que surgem ao acaso, pois todos têm o desejo de amar e de ser amado.

No decorrer da adolescência criamos inúmeras expectativas e idealizações de como será o cônjuge e onde o encontraremos, na escola, na igreja, no parque, etc. Para falar a verdade não existe lugar e nem hora, quando é coisa do destino simplesmente acontece quando menos esperamos. No livro "Perdida", da Carina Rissi, vemos que quando está escrito nas estrelas o universo se desdobra para fazer dar certo. Conta a história de Sofia, uma garota do século XXI, e Ian, um príncipe do século XIX. Despretensiosamente Sofia compra um novo celular, mal sabe ela que esse gesto mudará o rumo da sua vida por completo, pois faz com que ela volte para 1830 e se apaixone pelo príncipe. 

        Calma, essas coincidências não estão somente nos mundos de fantasias. Infelizmente ou felizmente não conseguimos voltar no tempo, mas isso não impede de casais se conhecerem das formas mais aleatórias possíveis, um exemplo são meus pais, minha mãe nasceu no Ceará e meu pai em Salto, cerca de 2937 km de distância. Quem diria que minha mãe viria para o estado de São Paulo algum dia, e através de amigos em comum, conhecer o homem com quem casara um ano depois. Loucura, né? Depois de ler o texto de hoje, me conte nos comentários a história mais inusitada de amor que você já ouviu.
        
        Não se preocupe, você encontrará o amor da vida, como diz o ditado popular “Toda panela há uma tampa”. Viva a vida, entregue-se a ela, abra mão das suas expectativas e a deixe te levar, “não queira que tudo aconteça como deseja. Deseje que tudo aconteça como deve acontecer, e terá serenidade”, Epiteto já dizia. Enquanto você está aí à espera do (a) seu (sua) amado (a), cuide-se, tenha momentos de autocuidado, ame-se, curta a sua própria companhia, pois assim não aceitará resquícios de afeto e é preciso estarmos bem para cuidar de quem amamos.

            Lembre-se, se for para ser será, como diz a música “Mil acasos me levam a você”.

terça-feira, 28 de maio de 2024

A Era da Academia e Alimentação Saudável

A geração Z é marcada por muitas tendências, sendo que a maioria delas é passageira. Mas, há algum tempo, cuidar da saúde não sai da moda!


Segundo pesquisas, essa geração composta por pessoas que nasceram entre 1995 e 2010 buscam o desenvolvimento pessoal por meio da prática de exercícios e de uma alimentação saudável. Podemos perceber esse fato observando as academias lotadas e a inclusão de saladas no cardápio de muitos restaurantes, por exemplo. Muitos jovens dessa época recusam bebidas de álcool e não acham atrativa a ideia de ficar até tarde nas baladas. 

Pessoas que frequentam a academia criaram até o termo “marombeiro” para se referirem entre si, o que aumenta a motivação para seguir a essa propensão. É claro que o mercado capitalista não ficou de fora e aproveitou para lucrar com esse cenário, patrocinando influenciadores que contribuem para essa expansão, visto que os jovens são muito influenciáveis e estão abertos para se inspirarem em outras rotinas. Produtos como roupas de academia e barrinhas proteicas com certeza já devem ter aparecido em anúncios, assim como a sugestão de aplicativos com rotinas de treinos para realizar em casa.

Essa é uma moda aconselhável para seguir e para transformá-la num estilo de vida, por diversos fatores, como: conseguir realizar suas atividades com integridade no dia a dia, prevenir doenças futuras e alcançar um “envelhecimento” alegre e saudável. No entanto, é preciso estar atento para não ser radical, pois tudo na vida exige equilíbrio. Não é preciso deixar de sair com os amigos nos finais de semana para evitar sair do seu plano alimentar ou evitar faltar da academia, afinal, esses momentos de socialização são essenciais para ter uma boa saúde mental. Pois, além do corpo, é preciso cuidar da mente! Atente-se também para não seguir a dieta de um influenciador digital, já que cada corpo exige um cuidado diferente.

Lembre-se que, para ser saudável e fazer parte dessa tendência, você não precisa consumir todos os produtos fitness que são oferecidos nem ir à academia. Para começar a cuidar da saúde, já é suficiente priorizar alimentos naturais ao invés dos industrializados e buscar uma rotina menos sedentária, por exemplo, substituindo o carro por uma caminhada pelo menos duas vezes na semana.


Até a próxima semana!
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terça-feira, 21 de maio de 2024

Problemas Mentais: Parte 2

A Revolução psiquiatra por Nise da Silveira 

    Problemas mentais, assim conhecido pelo senso comum, é denominado pela medicina de doenças ou transtornos mentais, que são condições que afetam o psicológico, emocional e o comportamento de um indivíduo, comprometendo as suas relações com outras pessoas e com o meio em que está inserido. 

    Atualmente há uma série de diagnósticos e tratamentos que contribuem para uma melhor condição de vida ao diagnosticado, porém nem sempre foi assim. Muitas vezes, essas pessoas eram abandonadas tanto pela família quanto pelo Estado, e quando buscavam tratamentos eram submetidas a procedimentos desumanos, como a lobotomia – procedimento no cérebro – por exemplo.




    Nise da Silveira, psiquiatra brasileira nascida em Maceió, em 1905, foi uma das contribuintes para a revolução dos tratamentos de doenças mentais. Ela era contra aos métodos violentos, considerados como práticas tradicionais da época, em que os pacientes eram expostos. Esses procedimentos baseavam-se na lobotomia, cirurgia no cérebro em que era usado um instrumento longo e fino inserido pela pálpebra até chegar ao lobo frontal, parte do cérebro responsável pela memória funcional e a linguagem. Batiam com um martelo nesse instrumento causando um fragmento do lobo frontal com a parte central do cérebro, o que fez com que muitos submetidos a esse procedimento ficassem em estado vegetativo. Insulinoterapia usada para deixar a pessoa em coma, desligando-a de seus problemas mentais e eletrochoque, sessões de choques para tratar esquizofrênicos.   

    Silveira foi promissora dos tratamentos alternativos, um deles foi o incentivo ao uso da arte como parte do tratamento. A ideia é que pacientes tenham momentos de pinturas para que eles “coloquem para fora” seus sentimentos. Muitas dessas pinturas ganharam destaque pela estética e foram expostas no Museu de Imagens do Inconscientes, localizado no Rio de Janeiro. Além, da melhora significativa que esses pacientes apresentaram. Outro método foi introduzir o contato dos pacientes com cães e gatos, estabelecendo vínculos afetivos.

Graças a Nise, hoje temos tratamentos humanizados e éticos.

Para a reflexão da semana fiquem com essa frase da querida Nise da Silveira:

“Não se curem além da conta. Gente curada demais é gente chata. Todo mundo tem um pouco de loucura. Vou lhes fazer um pedido: Vivam a imaginação, pois ela é a nossa realidade mais profunda. Felizmente, eu nunca convivi com pessoas ajuizadas. É necessário se espantar, se indignar e se contagiar, só assim é possível mudar a realidade.”

terça-feira, 14 de maio de 2024

Problemas Mentais: Parte 1

É perceptível o crescimento de casos de pessoas que sofrem com doenças mentais e, por este motivo, dividimos esse assunto em duas partes, nas quais trataremos da relação com o mundo digital e a revolução da psiquiatria, respectivamente.

Podemos notar que atualmente está ocorrendo uma “fusão” do mundo real com o mundo virtual e isso decorre da dependência que as pessoas tem do aparelho celular e, mais especificamente, da internet. Recentemente, na edição do Big Brother Brasil 2024, a participante e influenciadora digital Vanessa Lopes desistiu do programa após perceber que estava com comportamentos fora do normal e com distorção da realidade, recebendo um laudo médico de psicose aguda, causada por estresse excessivo e mudança extrema de uma experiência de vida. Vanessa Lopes vivia numa realidade virtual fora da casa e a “abstinência” desse mundo, entre outros fatores, causou seu problema mental.

 São 131.506 milhões de contas ativas na internet. Destas, 127.4 milhões são usuários únicos nas redes sociais (96,9%). Segundo a pesquisa “Digital in 2022: Brazil”, realizada pela Hootsuite e We Are Social os brasileiros passam em média 10 horas por dia no celular, sendo 3 horas e 41 minutos dedicados as redes sociais. Esse uso excessivo das redes expõe o ser humano a casos de cyberbullying, isolamento do mundo real e de relações com outras pessoas, comparação de estilos de vida, grande demanda de notícias negativas e um nível de dopamina ao qual o cérebro humano não está preparado para receber.

A dopamina é um neurotransmissor estimulante, responsável pela sensação de energia, disposição e prazer. Na dose certa, proporciona satisfação e felicidade aos indivíduos. Mas sua falta ou excesso desregulam as funções neurais. E, de acordo com o psicólogo estadunidense Joshua Buckholz, o resultado pode ser caótico: distúrbios psiquiátricos, caráter antissocial, déficit de atenção ou hiperatividade. As redes sociais nos causaram um vício em curtidas, que liberam dopamina, juntamente aos vídeos curtos, que são sempre inesperados e por isso, funcionam como uma “surpresa” para a nossa mente. A esquizofrenia é um exemplo de distúrbio causado pelo excesso ou desregulação de dopamina, tanto que seu tratamento inclui remédios que bloqueiam os receptores desse hormônio.

Além do risco de esquizofrenia, utilizar freneticamente as telas pode causar depressão, ansiedade, dependência digital, baixa autoestima e transtornos de sono. Também pode-se desencadear a ‘nomofobia’, que é o medo de ficar longe do celular. Uma pesquisa realizada pela Universidade Federal de Minas Gerais apontou ainda que o uso excessivo de telas pode diminuir o Quociente de Inteligência (QI) antes do esperado, visto que há uma falta de incentivo para atividades que requerem pensamento rápido e outras habilidades que contribuem para o funcionamento ativo do cérebro.

Refletindo sobre o tema...

Infelizmente, a tendência é que o uso dos smartphones aumente e gere um ciclo vicioso, como relata o jovem Davi Mendonça, que participou de uma pesquisa realizada pela secretaria da saúde do Ceará: "Há momentos em que eu consigo ocupar minha cabeça com outras coisas e deixo as redes mais de lado. Depois, por algum motivo, sou 'sugado' pelos aplicativos e me vejo usando o celular por horas, sem perceber. De uma maneira geral, esse uso desenfreado é bem prejudicial e me afeta negativamente. Além de me deixar cansado, fico ansioso". 

Diante desses conhecimentos, é importante começar a utilizar os aparelhos celulares com mais consciência, para que nós estejamos no controle de nossos pensamentos e não os conteúdos virtuais. Além de gerir nosso tempo diante das telas, precisamos enriquecer nosso tempo fora delas, tentando manter a nossa mente ativa, a fim de "quebrar" um ciclo de vício!


Até a próxima semana!
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terça-feira, 7 de maio de 2024

Dismorfia corporal gerada pelas redes sociais

O transtorno do século XXI

    A tecnologia colabora com o aumento da preocupação com a auto imagem, problema esse que afeta pessoas de todas as faixas etárias, mas principalmente os jovens na adolescência. 

    O excesso da preocupação com a estética do corpo, dando ênfase às “imperfeições”, na maior parte do tempo, chama-se dismorfia corporal. Isso é causado pelo  padrão de uma aparência perfeita imposta pela sociedade, aqueles que não se enquadram não são considerados parte desse padrão. Vemos que a apropriação de um modelo estético é um problema estrutural grave vindo de muitos anos atrás, um exemplo é um conceito que surgiu no século XIX, “raça ariana”, considerada como a mais pura linhagem de seres humanos, sendo superiores às demais. Esses eram pessoas altas, brancas, cabelos loiros, olhos claros, etc.



Tá, mas o que isso tem a ver com as redes sociais?

    Um dos fatores das redes sociais que ajuda a proliferação dessa distorção de imagem são os filtros.  Quando os filtros foram criados os usuários usavam para se fantasiar, já que na maior parte eram de animais, seres místicos, humanoides, etc. O mais famoso era o filtro de cachorro do Snapchat, aposto que você tem uma foto assim! Porém, de duas décadas para cá os filtros já não são mais vistos como uma diversão e sim como um “aprimoramento” facial ou corporal.

    A maior parte dos criadores de conteúdos não gravam mais stories sem o uso deles. A usabilidade desses filtros não é o problema, a questão é quando o usuário passa a não se enxergar como ele é e sim só usando o filtro, pois dessa forma ele tem uma aceitação maior na rede.  Essa tecnologia é feita com a idealização de uma “beleza perfeita”, fato esse impossível para uma pessoa que tem toda uma rotina no dia a dia. Além do mais, a maioria desses filtros possuem o padrão de uma pessoa europeia, reforçando um padrão racista. Nesses últimos anos, a repercussão é de um nariz fino, levando muitas pessoas a procedimentos estéticos, como a cirurgia plástica.

    A distorção de imagem faz com que as pessoas, muitas vezes inconscientes, escondam quem realmente elas são, por medo de serem rejeitadas no mundo virtual. Nesse contexto, você já fez o rascunho de um story ou de uma publicação no feed e no fim acabou excluindo por imaginar: "O que vão pensar de mim?" ou pode acontecer de ser a publicação de uma foto recente ou mais antiga, que você fica fitado em encontrar defeitos até apagar, sei como é! Infelizmente, pela enxurrada de informações que somos expostos, pensamentos intrusivos tem se tornado normal na vida das pessoas. 

    Outro ponto muito importante para refletir é que uma grande massa afetada por esse mundo irreal, onde não há imperfeições, é um prato cheio para as grandes indústrias, visto que muitos estão sempre buscando se enquadrar no modelo ideal, favorecendo com que as indústrias possam criar meios para lucrar com a situação, gerando no receptor o sentimento de necessidade para obter o produto anunciado.

    Com o exposto, não significa que você precisa parar de usar filtros, afinal eles são bem vindo quando não estamos muito afim de se arrumar. Só não podemos nos tornar reféns dessa tecnologia, deixando ela nos moldar e tirar nossa essência. Quem você é faz parte da sua história e o mundo é formado por diversidades: pessoas negras, amarelas, brancas, indígenas, uns tem nariz grosso enquanto outros fino, alguns possuem cabelos lisos, cacheados, crespos, etc. Somos uma mistura e não aceitaremos fazer parte de um padrão que quer apagar o nosso eu.

Dismorfia corporal não é brincadeira

    Não se deixe levar pelo o que você vê nas redes sociais, não se sabe o que é real ou não. Por isso, esteja bem consigo mesmo, antes de sair consumindo conteúdos. Se necessário tire um tempo fora das redes ou tome uma medida mais rígida, ficar sem por tempo indeterminado. Acredite, às vezes é necessário!

  E atenção aos sintomas de dismorfia corporal:

  • Evitar ou estar sempre se olhando no espelho;
  • Baixa autoestima;
  • Ter uma comparação excessiva do seu corpo com os dos outros;
  • Estar sempre dando ênfase a partes do corpo que você não gosta;
  • Entre outros fatores.
    Se você se identifica com alguns desses fatores citados acima procure ajuda de algum especialista. A dismorfia corporal não é brincadeira, não é frescura e é mais comum do que imaginamos! 


Até semana que vem!

    
    Ficamos por aqui, gostou do conteúdo dessa semana? Sempre há publicação fresquinha uma vez por semana, então já coloque no seu cronograma  para não perder a próxima. Enquanto isso, leia os textos passados, pois todos são assuntos muito importantes! Beijoss, até a próxima.





terça-feira, 30 de abril de 2024

Dia do Trabalhador: Como escolher sua profissão?

    Dia 1º de maio é um feriado dedicado aos trabalhadores, que, cada um com sua profissão, contribui para a construção de uma sociedade melhor.

    Com o Ensino Médio, principalmente ao chegar no 3º ano, uma grande dúvida se instala na mente dos jovens: “qual profissão eu vou seguir?”. Existem variados testes online para descobrir sua vocação, porém é importante sempre se lembrar de alguns pontos antes de realizá-los e buscar você mesmo por seus interesses, sem depender totalmente dos algoritmos.

  • Perceba no seu dia a dia quais são as tarefas, hobbies e conteúdos que te interessam. Realize algumas perguntas para si mesmo: qual ambiente você se identifica (por exemplo, uma clínica ou escola), se você deseja trabalhar com o público e se quer uma profissão que exija paciência ou mais dinamizada. Com base nessa breve sessão de autoconhecimento, voltada para o âmbito profissional, faça uma lista e pesquise quais profissões estão relacionadas a seus interesses;

  • Busque vídeos de relatos ou rotinas da profissão que te interessou. Isso vai te ajudar a perceber se você gosta realmente daquilo e se você identifica-se com as ações relacionadas a carreira. Caso seja possível, converse com alguém que você conhece e exerce a profissão;

  • Faça um “quadro” dividido em quatro partes de cada profissão: áreas de atuação, características que me identifico, características que terei que melhorar e o que me interessou naquela área;

  • No momento da escolha, não se prenda ao salário. Pode ser difícil abandonar essa preocupação, pois é inevitável o pensamento “eu preciso trabalhar para me sustentar e receber dinheiro para sobreviver”. Entretanto, ao optar por uma profissão que te interessa e te anima em relação ao futuro, tenha certeza de que, com a faculdade e seu esforço, você vai se destacar na sua carreira;

  • Você não precisa ter uma vocação para ser capaz de seguir determinada profissão, se você gosta daquela área e está disposto a estudar para enfrentar os obstáculos, siga em frente! Os testes vocacionais podem te ajudar muito na decisão, porém não se prenda aos resultados, nem à idealização de uma “vocação forte”.
    
    Lembre-se de que a profissão que você escolher agora não precisa ser definitiva, pois os nossos interesses mudam com o passar dos anos. Segundo uma pesquisa de 2020, realizada pelo site elementar, 63% das pessoas já mudaram de carreira e 48% pretendem mudar de carreira nos próximos 12 meses. Dessas pessoas, 70% dizem que querem uma carreira mais alinhada a seus interesses e propósito de vida. 

“Nada existe de permanente a não ser a mudança” – Heráclito

O ser humano está em constante mudança. Tenha calma e não se cobre para escolher a sua  profissão, afinal, você é muito mais do que sua futura vida profissional.


A XEPA ESTÁ DE VOLTA!

Esse foi o primeiro post de muitos que estão por vir... nesse ano de 2024 teremos várias novidades e matérias fresquinhas toda semana. Para ficar por dentro de tudo que a xepa oferece, nos siga no Instagram: @xepamexida.