quarta-feira, 28 de novembro de 2018

Minissérie: “intersexualidade”: as visões da Medicina, da Cultura e do Estado



Estado

          E como fica o estado em meio a tudo isso?

          O artigo 5° da nossa Constituição inicia-se com a seguinte frase “Todos são iguais perante a lei(...)” mas será que somos mesmos iguais? Ao nascermos dizer se somos homem ou mulher, branco ou negro?

                A lei 9053/95 define que o registro de nascimento, com a indicação de sexo, deve ser feito em quinze dias e, no máximo, três meses para famílias que moram a mais de trinta quilômetros do cartório mais próximo.

          Com isso, a questão que deu início à essa série retorna: “E se essa criança ao nascer apresentar ambiguidade genital e não tiver morfologia sexual somente masculina ou somente feminina? ” O que fazer com essa obrigatoriedade de registro de sexo?

          Em países como Portugal, Holanda e Alemanha ou alguns estados dos Estados Unidos implementaram uma nova forma de registro, pelo qual, na hora de colocar o gênero da criança os pais têm a opção de indicar a condição intersexo ou até mesmo deixar em branco.

Minissérie: “intersexualidade”: as visões da Medicina, da Cultura e do Estado


Cultura

          Hermafrodita ou Intersexo?

          Duas nomenclaturas que tem o mesmo significado, mas que carregam um peso cultural e social completamente diferente em cada pais.

          Por esse e outros motivos, como diagnóstico e conduta, em 2007 foi realizado o Consenso de Chicago, que reuniu especialistas de todo o mundo, tendo como um dos objetivos achar uma classificação que não fosse vista como preconceituosa ou discriminativa em nenhum contesto sociocultural, assim a denominação anomalia da diferenciação sexual (ADS) ou (ADS) Ovotesticular.


Minissérie: “intersexualidade”: as visões da Medicina, da Cultura e do Estado



 Medicina


           Durante todo o pré-natal, até na hora do parto, tanto os pais quanto a família ficam curiosos a respeito do sexo do bebê:  é menino ou menina? Contudo a Medicina sabe que há uma terceira possibilidade: o grupo intersexo.

               O nome intersexo indica um grupo de situações, com causas genéticas ou não, que levam o corpo a manifestar uma ambiguidade quanto à sua forma sexual, masculina ou feminina e o primeiro sinal evidente é a ambiguidade genital.

          Segundo o endocrinologista pediátrico Durval Damiani, o primeiro diagnóstico de uma criança com ambiguidade genital é extremamente importante, pois é vista como uma “verdade absoluta”, sendo muitas vezes difícil refutar esse diagnóstico, em caso de erro, causando problemas não só físicos, mas também psicológicos tanto à criança quanto à família.

          Um dos fatores que podem levar a esse diagnóstico errôneo seria a capacidade do médico de reconhecer uma genitália anormal, pois em alguns casos a criança tem a genitália normal, mas pode
aparentar possuir certa ambiguidade aos olhos de um médico que não tem experiência nessa área. Outro fator que pode ser levado em consideração nessa hora seria o papel da família, que por vezes percebe que há algo de incomum com a genitália da criança, algo que não era perceptível ou aparente no momento em que o médico examinou o recém-nascido, e não reporta ao pediatra da família, não possuindo assim uma “segunda opinião” sobre o órgão sexual da criança.

           Em detrimento destes acontecimentos, especialistas como Gil Guerra-Júnior e Durval Damiani escreveram artigos e livros como “Menino ou Menina”, que não só explicam como é feito o diagnóstico de uma criança como também a diferenciar se ela é um hermafrodita verdadeiro ou um pseudo-hermafrodita, dessa forma dando uma explicação tanto para a família quanto para os médicos que procuram tratar da melhor forma possível tanto a criança quanto o adulto Intersexo.

quinta-feira, 22 de novembro de 2018

Cantores do Blues e Jazz | Em Comemoração da Semana da Consciência Negra e Dia Dos Músicos


Caso tenha surgido alguma curiosidade ou queira se aprofundar no assunto para ter mais conhecimento do mesmo, acesse abaixo as fontes utilizadas para a elaboração do post.


Fontes:
REVISTA FÓRUM (Ed.). Sete mulheres que transformaram a história do jazz. Disponível em: <https://www.revistaforum.com.br/sete-mulheres-que-transformaram-a-historia-do-jazz/>. Acesso em: 22 nov. 2018.
INFOESCOLA (Ed.). John Coltrane. Disponível em: <https://www.infoescola.com/biografias/john-coltrane/>. Acesso em: 22 nov. 2018.