quarta-feira, 28 de novembro de 2018

Minissérie: “intersexualidade”: as visões da Medicina, da Cultura e do Estado



Estado

          E como fica o estado em meio a tudo isso?

          O artigo 5° da nossa Constituição inicia-se com a seguinte frase “Todos são iguais perante a lei(...)” mas será que somos mesmos iguais? Ao nascermos dizer se somos homem ou mulher, branco ou negro?

                A lei 9053/95 define que o registro de nascimento, com a indicação de sexo, deve ser feito em quinze dias e, no máximo, três meses para famílias que moram a mais de trinta quilômetros do cartório mais próximo.

          Com isso, a questão que deu início à essa série retorna: “E se essa criança ao nascer apresentar ambiguidade genital e não tiver morfologia sexual somente masculina ou somente feminina? ” O que fazer com essa obrigatoriedade de registro de sexo?

          Em países como Portugal, Holanda e Alemanha ou alguns estados dos Estados Unidos implementaram uma nova forma de registro, pelo qual, na hora de colocar o gênero da criança os pais têm a opção de indicar a condição intersexo ou até mesmo deixar em branco.

Minissérie: “intersexualidade”: as visões da Medicina, da Cultura e do Estado


Cultura

          Hermafrodita ou Intersexo?

          Duas nomenclaturas que tem o mesmo significado, mas que carregam um peso cultural e social completamente diferente em cada pais.

          Por esse e outros motivos, como diagnóstico e conduta, em 2007 foi realizado o Consenso de Chicago, que reuniu especialistas de todo o mundo, tendo como um dos objetivos achar uma classificação que não fosse vista como preconceituosa ou discriminativa em nenhum contesto sociocultural, assim a denominação anomalia da diferenciação sexual (ADS) ou (ADS) Ovotesticular.


Minissérie: “intersexualidade”: as visões da Medicina, da Cultura e do Estado



 Medicina


           Durante todo o pré-natal, até na hora do parto, tanto os pais quanto a família ficam curiosos a respeito do sexo do bebê:  é menino ou menina? Contudo a Medicina sabe que há uma terceira possibilidade: o grupo intersexo.

               O nome intersexo indica um grupo de situações, com causas genéticas ou não, que levam o corpo a manifestar uma ambiguidade quanto à sua forma sexual, masculina ou feminina e o primeiro sinal evidente é a ambiguidade genital.

          Segundo o endocrinologista pediátrico Durval Damiani, o primeiro diagnóstico de uma criança com ambiguidade genital é extremamente importante, pois é vista como uma “verdade absoluta”, sendo muitas vezes difícil refutar esse diagnóstico, em caso de erro, causando problemas não só físicos, mas também psicológicos tanto à criança quanto à família.

          Um dos fatores que podem levar a esse diagnóstico errôneo seria a capacidade do médico de reconhecer uma genitália anormal, pois em alguns casos a criança tem a genitália normal, mas pode
aparentar possuir certa ambiguidade aos olhos de um médico que não tem experiência nessa área. Outro fator que pode ser levado em consideração nessa hora seria o papel da família, que por vezes percebe que há algo de incomum com a genitália da criança, algo que não era perceptível ou aparente no momento em que o médico examinou o recém-nascido, e não reporta ao pediatra da família, não possuindo assim uma “segunda opinião” sobre o órgão sexual da criança.

           Em detrimento destes acontecimentos, especialistas como Gil Guerra-Júnior e Durval Damiani escreveram artigos e livros como “Menino ou Menina”, que não só explicam como é feito o diagnóstico de uma criança como também a diferenciar se ela é um hermafrodita verdadeiro ou um pseudo-hermafrodita, dessa forma dando uma explicação tanto para a família quanto para os médicos que procuram tratar da melhor forma possível tanto a criança quanto o adulto Intersexo.

quinta-feira, 22 de novembro de 2018

Cantores do Blues e Jazz | Em Comemoração da Semana da Consciência Negra e Dia Dos Músicos


Caso tenha surgido alguma curiosidade ou queira se aprofundar no assunto para ter mais conhecimento do mesmo, acesse abaixo as fontes utilizadas para a elaboração do post.


Fontes:
REVISTA FÓRUM (Ed.). Sete mulheres que transformaram a história do jazz. Disponível em: <https://www.revistaforum.com.br/sete-mulheres-que-transformaram-a-historia-do-jazz/>. Acesso em: 22 nov. 2018.
INFOESCOLA (Ed.). John Coltrane. Disponível em: <https://www.infoescola.com/biografias/john-coltrane/>. Acesso em: 22 nov. 2018.

terça-feira, 23 de outubro de 2018

Zygmunt Bauman e A Modernidade Líquida

" Vivemos tempos líquidos, nada é feito para durar, tampouco sólido. Os relacionamentos escorrem das nossas mãos por entre os dedos feito água."

O sociólogo polonês Zygmunt Bauman nasceu no dia 19 de novembro de 1925. O princípio de sua carreira acadêmica iniciou-se na Universidade de Varsóvia, mas logo foi obrigado a deixar a academia, em 1968, quando sua obra era proibida no país.

Sem muitas expectativas, Bauman abandonou sua pátria e foi para a Inglaterra após passar pelo Canadá, EUA, Austrália e Israel. Iniciando a década de 70 ele assumiu o cargo de professor titular da Universidade de Leeds, onde passou a ter contato com o intelectual que inspiraria profundamente seu pensamento - ao qual se tornaria respeitado mundialmente por este - o filósofo islandês Ji Caze.

Modernidade Líquida

Para compreender o conceito da modernidade líquida, precisa-se recordar as propriedades dos líquidos caracterizados pela instabilidade, falta de coesão e de uma forma definida.

A modernidade líquida, então, se caracteriza por uma sociedade onde tudo é volátil e adaptável, o que se contrapõe à decada anterior, a modernidade sólida, onde a sociedade era ordenada, coesa, estável e previsível.

Nada está fixo na modernidade líquida. Onde Bauman a caracteriza como "mutante e instável, simplesmente caótica". Tudo pode ser adaptado, desde profissões à relacionamentos e religião.

O sociólogo aponta algumas razões que provocaram essa mudança:
- As empresas cada vez mais poderosas, ultrapassando a influência dos governos. As multinacionais possuem o poder de transformar leis, economia, meio-ambiente, entre outros.
- A velocidade do desenvolvimento tecnológico relacionado aos meios de comunicação.
- A migração constante e facilitada, onde as pessoas se deslocam rapidamente de forma abrupta e geram impactos culturais e sócio-econômicos onde se instalam.

Amor Líquido

Zygmunt Bauman diz que todos s aspectos da nossa vida foram afetados pela sociedade consumo e tecnologia, portanto, os relacionamentos não ficam de fora.

Na denominada sociedade sólida, em grande parte, o casamento durava para sempre. Escorados no ideal do amor romântico e religioso. Criou-se a crença de que o ser humano só era possível apaixonar-se uma única vez.

Entretanto, como resultado do avanço da tecnologia de comunicações, conectar-se com diferentes pessoas tornou-se muito fácil, e, por outro lado, desconectar-se dessas pessoas também tornou-se igualmente fácil.

As relações, assim, passam a serem seriadas e constituem-se de um acúmulo de experiêcias, onde o que conta é a satisfação, tal satisfação que se dá igualmente aos produtos que se compra.

quarta-feira, 19 de setembro de 2018

Precisamos falar sobre o suicídio

A cada 40 segundos, no mundo, uma pessoa tira a própria vida. Ou seja, antes de terminar de ler este parágrafo um ser humano de alguma parte do planeta vai ter se suicidado. A cada dia 32 brasileiros se matam, ultrapassando o total de 11.000 mortos por ano, e, no mundo, cerca de 1 milhão – número de vítimas maior que todas as guerras, conflitos civis já ocorridos.

O Brasil possui um dos índices baixos, porém encontra-se em um impasse: enquanto essas taxas diminuem na maioria dos países, no Brasil elas tem avançado. Em meados de 2002 até 2012 o número de casos aumentou em 34% sendo que entre os adolescentes de 10 a 14 anos aumentou em 40% de acordo com o Mapa da Violência.
Talvez você nunca tenha ouvido falar sobre tais dados, não é agradável ouvir sobre alguém que se matou ou tentou fazer isso, portanto, esse fenômeno vêm acompanhado de um dos motivos de seu alastramento: o silêncio.

O Fenômeno Hannah Baker

“Oi, é a Hannah, Hannah Baker. [...] Sou eu, ao vivo e em estéreo. Sem promessa de retorno, sem bis [...]Acomode-se. Porque vou contar a história da minha vida. Mais especificamente, por que minha vida terminou.” Essas são as palavras da protagonista da série 13 Reasons Why, Hannah Baker, que após ser vítima de vários tipos de bullying no colégio acaba tirando sua vida e deixando 13 fitas de áudio explicando os motivos de ter chegado a esse ponto.

A série popularizou-se de imediato, tornando-se um assunto obrigatório em algumas famílias e escolas, visto que tal incidência nunca foi tão alta em adolescentes como visto hoje em dia. O Centro de Valorização da Vida (CVV), principal órgão de apoio psicológico e prevenção ao suicídio no Brasil, anunciou que na primeira semana de Abril, uma semana após o lançamento da série, a taxa de procura dos serviços aumentou em 445%, muitos mencionando a história da protagonista Hannah, um número animador e esperançoso para todos nós.

O Efeito Werther

Nem todos concordam que o seriado foi positivo entretanto, muitos criticam a cena explícita da morte de Hannah Baker, sendo até não recomendada pela OMS, o grande medo é o do “Efeito Werther”, cujo nome vêm do romance “Os sofrimentos do jovem Werther”, do Goethe, onde o protagonista após ser deixado pela amada tira sua vida. O tom depressivo do livro lançado no século XVIII, provocou uma comoção nos jovens da época ao qual seguiram o personagem e se mataram. Esse fenômeno é comprovado cientificamente pela universidade de Viena, onde analisaram 98 casos de suicídios entre famosos e perceberam reportagens sensacionalistas que “romantizavam” o ocorrido, estimulando o chamado “suicídio por imitação”. Fato igual ao ocorrido em 1962, quando a imprensa anuncia o suicídio de Marylin Monroe, o que levou a um aumento de 12% no índice americano.

O fósforo e a grama

Tudo isso nos leva até a entender o porquê do suicídio ser tão acobertado, porém é impossível fugir do fato de que isso continua acontecendo. Após essa tragédia ocorrer é possível explorar os motivos que levaram a isso, onde são encontrados grandes causadores como: falecimento de parente, divulgação de vídeo íntimo, falência. Porém esses fatos, sozinhos, não explicam suficientemente a morte. Não são os eventos dolorosos da vida que levam a isso, mas o efeito incendiário que esses acontecimentos fazem se “alastrar” em uma mente frequentemente doente e fragilizada, tornando toda a situação inescapável. O falecimento de um parente, divulgação de um vídeo íntimo ou a falência são os agentes incendiadores, o fósforo aceso, a mente humana é a grama, uma mente frágil é uma grama seca, onde o fogo alastra-se facilmente em proporções catastróficas, já a grama verde – que repele o incêndio – é a mente saudável, que possui agentes protetores, estar empregado, casado ou acompanhado, possuir filhos e apoio, acima de tudo. A sociedade pode “ser” o bombeiro, podemos apagar o incêndio, podemos ser um jardineiro, regar continuamente a grama para ela não secar.

Devemos confortar, a melhor forma de se combater é o diálogo da sociedade. Precisamos falar sobre o suicídio não somente em Setembro, em todos os meses, todos os dias, todas as horas é preciso estar lutando, pois quanto mais pessoas souberem, mais pessoas irão tentar fazer algo para mudar.

domingo, 17 de junho de 2018

MINISSÉRIE:"Sexo"- Sexo ou Sexualidade?

Quando pensamos em questões envolvendo sexo, ou no momento em que nos deparamos com situações que questionam nossa sexualidade, como participar, conter ou reprimir não passa pela cabeça da maioria das pessoas que aquele pensamento, comportamento ou atitude talvez tenha sido normal ou natural em alguns períodos da história; ou, ainda, contido e repudiado fortemente em outros.

O modo como as diversas civilizações tomavam a frente e lidavam com os comportamentos, valores e normas ligados ao sexo nunca foram iguais e muito menos recorrentes. Cada cultura e época história enxergava e vivia a sua sexualidade de forma variada.
Em quase dez mil anos de história, a relação humanidade-sexo sempre foi muito complexa, já que envolveu (e ainda envolve) diversas questões sociais, religiosas, culturais e psicológicas e estas diferentemente vistas ao longo dos anos e por diferentes povos.

Daí o título deste artigo: sexo e sexualidade são bem diferentes, a sexualidade também tem história,começando pelo fato biológico de que, sem sexo não teríamos história, ou melhor, nem existiríamos.

Afinal qual a diferença entre sexo e sexualidade?

A sexualidade é um processo da pessoa humana, é um "saber" de percepções e sentimentos ligados ao sexo, à vida sexual e ao relacionamento íntimo com alguém. É um processo amplo, que envolve a manifestação do impulso sexual e o que dele decorre: o desejo, a busca pelo prazer, a representação do desejo e a elaboração mental para realizar esse desejo. Envolve ainda a influência da cultura, dos valores da família e da sociedade, a moral, a religião, a busca e a repressão.
Em seu princípio, a sexualidade é biológica e tem como principal objetivo - este com significado de fonte e origem- a sobrevivência da espécie, mas a experiência humana vai além, usando de sua cognição, razão e de outras capacidades, experimenta a sexualidade para além das necessidades biológicas, mais especificamente, encontrou nela a forma de dar e receber prazer, em diferentes campos da vida.

Já  sexo é uma palavra equívoca, com muitos significados.

Primeiramente, falamos em sexo para distinguir a morfologia do corpo humano – o conjunto de características anatômicas e biológicas -  em relação à função reprodutiva, sendo mais comuns as morfologias feminina e masculina e menos comuns as morfologias intersexo, sendo a mais conhecida o hermafroditismo.

Também usamos a palavra sexo para indicar  um conjunto de práticas e comportamentos vinculados aos atos sexuais, no contexto de uma relação sexual entre pessoas. 

Ambos os significados de sexo e sexualidade são construídos culturalmente, alierçados historicamente por normas e padrões que dão às pessoas a percepção do que seja um e outro, e daí, nascem os comportamentos, os costumes culturais, as normas morais, as possibilidades e mesmo a repressão sexual, que ainda condicionam todas as pessoas, em pleno século XXI, mostrando que a história da sexualidade vai seguir adiante.

segunda-feira, 21 de maio de 2018

Coreia, uma colônia japonesa

Durante 35 anos (1910-1945) a Coreia foi um país pertencente ao Japão. Isso ocorreu por meio do Tratado de Anexação que estabeleceu o período de domínio japonês, tornando a Coreia totalmente subordinada ao regime imperialista que se instalou no país.

Havia um regime imperialista onde o Japão suprimia a identidade coreana, obrigando-os a se
adequar totalmente à cultura japonesa inclusive por meio de leis que exigiam até mesmo o
japonês como único idioma aceitável. Desta maneira, havia muitas divergências entre eles
derivadas da maneira como o Japão se apropriava de diversos recursos provenientes da Coreia como, por exemplo, recursos naturais, em busca de evoluir sua economia.

A participação do Japão na Segunda Guerra Mundial acabou sendo mal sucedida e colocou fim
ao domínio imperialista que havia se estabelecido na Coreia. O que resultou nesse desfecho foi um acordo estabelecido entre Japão, Estados Unidos e União Soviética com o intuito de dividir a Coreia para que se estabelecer um governo que progressivamente caminharia até sua total independência. Para isso, houve uma ocupação demarcada ao longo do paralelo 38, EUA como ocupante da Coreia do Norte e URSS ocupante da Coreia do Sul.

A Divisão

Contudo, havia um grande problema em relação a este acordo: a independência da Coreia que havia sido prometida ao final da guerra. A população coreana revoltou-se e organizou diversas manifestações reivindicando independência e governo próprio.

Em 1949, portanto, os EUA e a URSS se desintegraram da Coreia que, por sua vez, não era oficialmente dividida mas haviam criado seus próprios governos.

Não houve um acordo para que voltasse a ser um país unificado pois os dois governos eram extremamente nacionalistas e se reconheciam como legítimos. Sendo assim, em 1950 iniciou-se a Guerra da Coreia decorrente de uma invasão surpresa da Coreia do Norte que buscava conquistar território.

O Massacre

Não podemos nos esquecer que ocorreu no contexto da Guerra Fria e, em decorrência disso,
houve a interferência da URSS e dos EUA com o intuito de demonstrar soberania daquele que
vencesse o conflito como representação do capitalismo (EUA) ou comunismo (URSS).

 A guerra que já se estendia por anos, tornou-se um conflito aindapior onde a China e a União Soviética colocaram-se a favor da Coreia do Norte, enquanto países como a Inglaterra e os EUA posicionaram-se a favor da Coreia do Sul. Todo esse contexto caracterizou verdadeiro massacre com duração de três anos (1950-1953) e resultou em mais de um milhão de mortos. Ao final, não houve nenhum lado vitorioso e a divisão permanece até os dias atuais e mantém os conflitos.

quarta-feira, 25 de abril de 2018

Os Bombardeios dos EUA e seus aliados contra a Síria foram legais?

A justificativa dos ataques aéreos contra a Síria dada pelo EUA em conjunto com o Reino Unido e a França foi de que é preciso continuar a proibição internacional do uso de armas químicas, o objetivo, através do que dizem, gira em torno da ideia de que é para atingir o arsenal de armas químicas de Bashar Al-Assad e impedir novos ataques aos civis da Síria.

Prédio em que, segundo EUA e aliados,
haveria fabricação de armamentos químicos, aos arredores de Damasco.
Legalmente, a Carta das Nações Unidas (documento criado pela ONU em 1945), dá permissão às nações o uso de força como autodefesa das populações ameaçadas de extermínio pelo próprio governo. O uso para propósitos mais amplos em busca da segurança internacional, em tese, também é permitido. Tal ação está sujeita à aprovação pelo Conselho de Segurança da ONU.

Os três países que acabam de realizar novos ataques à Síria usam como argumentação o fato de que não havia perspectiva de obter, no Conselho de Segurança, algum tipo de retaliação ao uso de armas químicas na Síria. Assim, com os bombardeios, estes Estados argumentam terem cumprido sua função pela manutenção da ordem mundial, defendendo a credibilidade geral da proibição e forçando o compromisso da Síria em particular.

Bombardeios segundos antes do contato com o solo.
Esse argumento, de alguma forma, lembra as justificativas para a invasão do Iraque em 2003 - os americanos defenderam a aplicação das imposições à Bagdá firmadas pelo Conselho de Segurança em relação ao desarmamento.

Portanto, não há provas concretas de que Bagdá estivesse preparando um ataque do tipo, então o argumento foi deixado de lado. Da mesma forma, não há evidências de que a Síria estivesse preparando um ataque químico contra os EUA, Reino Unido ou a França.


Entenda a guerra na Síria

A Síria é governada há 47 anos pela família al-Assad, tendo início em 1971 com Hafez al-Assad que se manteve no poder por trinta anos (até sua morte, em 2000) e segue até os dias atuais com seu filho e sucessor Bashar al-Assad.
O regime ditatorial é imposto à população desde o início, com marcas de repressão e total subordinação dos civis ao governo através de imposições militaristas. Portanto, o conflito entre civis e governo já se instala desde que a família al-Assad conquistou o poder e impôs suas políticas ditatoriais.
Para entendermos melhor o quadro, é necessário fazer uma análise histórica sobre a política governamental do país. Então aqui vamos nós!

História
Primavera  Árabe
Em 2011, os conflitos tomaram ainda mais proporção sendo caracterizados por manifestações e protestos onde a população tomou as ruas na tentativa de derrubar o governo  reivindicar melhores condições de vida.  Tratou-se, portanto, da derrubada de governos repressores em diversos países como, por exemplo: Tunísia, Egito e Líbia.
Com isso, os outros países do Oriente Médio  começaram a revoltar-se e lutar para reivindicar melhores condições e democracia. O governo, nada contente com as manifestações, tentou abafar o poder popular com represálias de caráter agressivo, o que instalou o caos público e denominou os protestantes como “Rebeldes”.
A mídia, por sua vez, também exerce papel fundamental  em todo o contexto. Isto porque,  transmite a informação de acordo com as impressões governamentais. A expressão “Rebeldes”, portanto, legitima o governo de al-Assad como ditatorial de maneira perjorativa.
Outra análise importante é que a família al-Assad identifica-se religiosamente como xiita, enquanto a maior parte da Síria se denomina como sunita. Portanto, há uma divergência de caráter religioso.

A Guerra
Teve início em 2011 com a luta do governo de Bashar al-Assad contra os rebeldes a partir de suas manifestações populares e se estende até os dias atuais.  Desde então, estima-se que mais de 500 mil pessoas tenham morrido em decorrência da guerra e mais de 5 milhões de refugiados. Isso caracteriza a segunda maior imigração de pessoas desde a Segunda Guerra Mundial,  representando uma crise global de refugiados.
Em termos de geopolítica, podemos dividir em dois polos. O primeiro é o apoio russo ao governo de al-Assad, assim como parte da população que o apoia. O  segundo é a oposição dos Estados Unidos e a parte da população que opõe ao regime.
O interesse Russo determina-se por conta de uma base militar instalada em território sírio que foi construída durante a regência de Hafez al-Assad. Além disso, Hafez também  posicionou-se como aliado da União Soviética durante a Guerra Fria.
A população não é a única oposição, há também outros grupos que mantém interesse na queda do governo para que possa tomar o território. Um dos principais grupos é o famoso Estado Islâmico que deseja ter seu território próprio. Sendo assim, se houvesse a tomada de poder por meio do povo, algum grupo extremista poderia ocupar o território.
Portanto, não há uma solução rápida para os problemas que inferem da guerra e a situação só se agrava, interrompendo cada vez mais vidas inocentes. A população sofre drasticamente com os conflitos e não há condições básicas de vida, muitos não tem acesso nem sequer a água potável e estima-se que seriam necessários bilhões de dólares para prover ajuda humanitária à população.

segunda-feira, 23 de abril de 2018

MINISSÉRIE : “Um dia já fui adolescente “ – FRIENDZONE

A Xepa voltou!!! Dando continuidade a mini-série de posts, dessa vez com a temática “Friendzone”, novamente trazendo relatos dos mais variados públicos sobre suas façanhas de
adolescente.


O termo apesar de famoso entre os adolescentes, já existia bem antes de receber uma
designação, diria até que surgiu junto às primeiras relações de amizade. Trata-se, portanto, de
uma amizade onde alguma das partes desenvolve interesse mas não é correspondido, sendo
assim, a zona de amizade está formada.

Em alguns casos, a “paixonite” é correspondida mas, por algum fator não chega a ser
declarada e caracteriza uma relação de mútuo interesse porém, sem progressões além de
amizade.

Afinal, quem nunca passou pela famosa “FriendZone”? Com experiências boas ou ruins, é
parte fundamental para marcar a fase da adolescência. Pensando nisso, trouxemos
histórias/relatos que expressam suas experiências vividas.

“Sempre que começava a ter sentimentos além de amizade,
me aproximava e demonstrava
interesse. Porém, nunca encontrava o momento certo para falar o que sentia e acabei ficando
no 0x0.”
-Anônimo.

“Tinha um melhor amigo na época do colegial, éramos inseparáveis e eu era apaixonada por
ele. Mantive o segredo por vários anos por achar que o sentimento não era recíproco. Depois de algum tempo afastados, passados muitos anos, finalmente descobri que ele também sentia o mesmo. Começamos um relacionamento mas não durou, acho que nos acostumamos a ficar na friendzone.”
-Anônimo.

O dilema de toda essa questão é “O que fazer para sair da friendzone???”
De todas as formas, a situação é complicada. De fato, não existe uma receita para sair e,
menos ainda, para que a tentativa seja bem sucedida. Nada melhor do que as próprias
experiências vividas para nos mostrar o caminho. Portanto, não mais conclusivo do que o
senso comum que de nada nos vale como garantia, mas aqui vão algumas dicas de como lidar
com a situação:

1. Admita que está na friendzone:
Esse é o primeiro passo para que se possa progredir e tentar sair da zona de amizade.
2. Não esteja sempre à disposição:
Coloque-se sempre em primeiro lugar, não se deixe em segundo plano para atender às
necessidades de outra pessoa.
3. Tenha sua própria vida e autoconfiança:
Não deixe que sua confiança dependa do desenvolvimento dessa relação.
4. O melhor caminho sempre é manter a sinceridade e não se desesperar.
Esclarecer as intenções é, quase sempre, meio caminho até que se tenha uma resposta
conclusiva;
5. Tenha ousadia:
Lembre-se que essa é a fase de tentativas e erros. Tudo se resume em aprendizado e
boas histórias para relembrar.
6. Regra Primordial:
Procure também não insistir caso não haja reciprocidade no interesse.

Lembre-se sempre: Não, é não.