quarta-feira, 25 de abril de 2018

Entenda a guerra na Síria

A Síria é governada há 47 anos pela família al-Assad, tendo início em 1971 com Hafez al-Assad que se manteve no poder por trinta anos (até sua morte, em 2000) e segue até os dias atuais com seu filho e sucessor Bashar al-Assad.
O regime ditatorial é imposto à população desde o início, com marcas de repressão e total subordinação dos civis ao governo através de imposições militaristas. Portanto, o conflito entre civis e governo já se instala desde que a família al-Assad conquistou o poder e impôs suas políticas ditatoriais.
Para entendermos melhor o quadro, é necessário fazer uma análise histórica sobre a política governamental do país. Então aqui vamos nós!

História
Primavera  Árabe
Em 2011, os conflitos tomaram ainda mais proporção sendo caracterizados por manifestações e protestos onde a população tomou as ruas na tentativa de derrubar o governo  reivindicar melhores condições de vida.  Tratou-se, portanto, da derrubada de governos repressores em diversos países como, por exemplo: Tunísia, Egito e Líbia.
Com isso, os outros países do Oriente Médio  começaram a revoltar-se e lutar para reivindicar melhores condições e democracia. O governo, nada contente com as manifestações, tentou abafar o poder popular com represálias de caráter agressivo, o que instalou o caos público e denominou os protestantes como “Rebeldes”.
A mídia, por sua vez, também exerce papel fundamental  em todo o contexto. Isto porque,  transmite a informação de acordo com as impressões governamentais. A expressão “Rebeldes”, portanto, legitima o governo de al-Assad como ditatorial de maneira perjorativa.
Outra análise importante é que a família al-Assad identifica-se religiosamente como xiita, enquanto a maior parte da Síria se denomina como sunita. Portanto, há uma divergência de caráter religioso.

A Guerra
Teve início em 2011 com a luta do governo de Bashar al-Assad contra os rebeldes a partir de suas manifestações populares e se estende até os dias atuais.  Desde então, estima-se que mais de 500 mil pessoas tenham morrido em decorrência da guerra e mais de 5 milhões de refugiados. Isso caracteriza a segunda maior imigração de pessoas desde a Segunda Guerra Mundial,  representando uma crise global de refugiados.
Em termos de geopolítica, podemos dividir em dois polos. O primeiro é o apoio russo ao governo de al-Assad, assim como parte da população que o apoia. O  segundo é a oposição dos Estados Unidos e a parte da população que opõe ao regime.
O interesse Russo determina-se por conta de uma base militar instalada em território sírio que foi construída durante a regência de Hafez al-Assad. Além disso, Hafez também  posicionou-se como aliado da União Soviética durante a Guerra Fria.
A população não é a única oposição, há também outros grupos que mantém interesse na queda do governo para que possa tomar o território. Um dos principais grupos é o famoso Estado Islâmico que deseja ter seu território próprio. Sendo assim, se houvesse a tomada de poder por meio do povo, algum grupo extremista poderia ocupar o território.
Portanto, não há uma solução rápida para os problemas que inferem da guerra e a situação só se agrava, interrompendo cada vez mais vidas inocentes. A população sofre drasticamente com os conflitos e não há condições básicas de vida, muitos não tem acesso nem sequer a água potável e estima-se que seriam necessários bilhões de dólares para prover ajuda humanitária à população.

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